22 de Setembro de 2014 - 15h:03

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Mercado vê expansão menor da economia e inflação mais alta em 2014

Por: Valor Econômico

Os analistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para a inflação e continuaram a reduzir a estimativa para o crescimento da economia neste ano, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC). Eles também veem uma economia mais fraca em 2015 e reduziram pela quarta vez seguida a projeção para a Selic ao fim do ano que vem. Quanto à inflação, a mediana das projeções para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 passou de 6,29% para 6,30%. A estimativa para a taxa em 12 meses saiu de 6,28% para 6,32%. Para 2015, a previsão para a alta do IPCA foi alterada de 6,29% para 6,28%. As revisões ocorrem após a divulgação do IPCA-15 de setembro, na sexta-feira passada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a prévia da inflação deste mês ficou em 0,39%, taxa acima do esperado. No Focus, consta que a inflação de setembro será de 0,42%, em vez de 0,40% como contemplado anteriormente. Apesar da revisão para cima no IPCA, os analistas consultados pelo BC não alteraram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, que deve seguir em 11% até o fim deste ano. Mas reduziram pela quarta semana consecutiva a projeção do juro ao fim de 2015, de 11,50% para 11,25%. Há um mês, eles esperavam juro de 12% no encerramento do próximo calendário. Entre os analistas Top 5 - aqueles que mais acertam as projeções -, a estimativa de inflação para este ano subiu de 6,28% para 6,31% e a do próximo ano seguiu em 6,40%. A projeção para a Selic foi mantida em 11% para o fechamento de 2014 e em 12% no próximo ano. Alguns analistas têm considerado que o juro não deve subir muito mais por causa da atividade enfraquecida no país. A mediana das estimativas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela 17ª semana consecutiva, de 0,33% para 0,30% neste ano. Para 2015, a mediana saiu de expansão de 1,04% para 1,01%. No caso do desempenho da produção industrial, a estimativa para este ano saiu de queda de 1,98% para recuo de 1,94%. Em relação a 2015, a previsão partiu de aumento de 1,50% para 1,60%. (Ana Conceição | Valor)
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