29 de Setembro de 2014 - 14h:47
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BC prevê queda maior para a indústria em 2014
Por: Valor Econômico
O Banco Central (BC) revisou para baixo suas projeções para o desempenho de indústria, serviços, agropecuária, consumo do governo, consumo das famílias e investimentos em 2014, conforme o Relatório Trimestral de Inflação de setembro. Apenas as projeções para as exportações e importações foram revisadas para cima.
Com isso, a projeção para o crescimento econômico brasileiro em 2014 foi cortada de 1,6% para 0,7%, sendo a contribuição da demanda interna estimada em 0,4 ponto percentual, e a do setor externo, em 0,3 ponto percentual.
Agora, o BC espera retração maior da indústria, de 1,6%. Em junho, a queda esperada era de 0,4%. Segundo a autoridade, a revisão é resultado de revisões nas projeções para a produção da indústria de transformação, construção civil, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água, que devem variar -3,3%, -5,1%, e 1,8%, respectivamente (-1,9%, -2,2% e 3,1% na estimativa anterior).
O BC aponta que em parte, o impacto dessas variações é neutralizado pelo aumento da estimativa de produção da indústria extrativa, de 5,1% para 6,9%, ganho este esperado na extração de minério de ferro e de petróleo e gás.
A projeção para o crescimento do PIB da agropecuária foi revisada de 2,8% para 2,3%. Isso se deve ao desempenho do setor no segundo trimestre, que foi inferior ao estimado.
O setor de serviços também deverá crescer menos que o esperado em junho, reflexo da redução nas projeções de produção das atividades em outros serviços, comércio e serviços de informação. Atualmente, o BC projeta expansão de 1,2%, ante 2% no relatório anterior.
Os investimentos (formação bruta de capital fixo) também sofreram forte revisão e agora devem se retrair 6,5% no ano, ante queda de 2,4% esperada em junho. O BC nota que essa mudança é consistente com os resultados do segundo trimestre e com o recuo dos índices de confiança nas sondagens do consumidor e da indústria.
Apenas as projeções para as exportações e importações tiveram revisão positiva, de 2,3% para 3,6%, e de 0,6% para 1%, respectivamente.
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