18 de Dezembro de 2014 - 14h:20

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Carrefour confirma venda de 10% da unidade brasileira para Abilio

Por: Valor Econômico

O grupo varejista francês Carrefour confirmou nesta manhã que vendeu participação de 10% em sua unidade brasileira para o Península, veículo de investimentos do empresário Abilio Diniz. O brasileiro pagou 525 milhões de euros, ou R$ 1,8 bilhão, para fechar o acordo. Além disso, o contrato assinado entre o Península II Fundo de Investimento em Participações e a rede de supermercados prevê uma opção de compra para que Abilio possa atingir fatia de 16% do negócio no país, no máximo, durante os próximos cinco anos. A operação avalia o Carrefour Brasil em R$ 20,4 bilhões. O empresário afirmou que será membro do conselho de administração da varejista e também dos comitês de estratégia e de recursos humanos. “Vou contribuir, por meio de meu conhecimento e paixão pelo varejo, com os planos de expansão do Carrefour Brasil e consolidar sua presença no país”, disse Abilio, em nota. A venda faz parte do plano da companhia francesa de começar a abrir o capital da unidade brasileira para sócios estratégicos. O movimento pode incluir, segundo o comunicado, a listagem da empresa na BM&FBovespa “no futuro”, como já havia sido especulado pelos executivos do grupo varejista. O Valor já havia adiantado ontem que Abilio iria pagar cerca de 500 milhões de euros pela participação de 10% no Carrefour Brasil. Fontes próximas à operação ainda revelaram que as negociações não envolveram a rede Atacadão de supermercado do segmento “atacarejo” e que o empresário deve garantir duas cadeiras no conselho de administração. “Abilio Diniz trará seu conhecimento sem igual do varejo e do cenário de negócios brasileiro para n ós. Nos preparamos para o 40º aniversário de nossa presença no país em 2015 e ele é o melhor sócio para sustentar nosso crescimento”, comentou Georges Plassat, presidente do Grupo Carrefour, no comunicado de hoje. De acordo com a rede de supermercados, além de renovar e expandir as unidades atuais e fortalecer as bandeiras Express e Supeco, a estratégia de crescimento vai envolver a volta do negócio de comércio eletrônico do grupo no Brasil durante o segundo semestre de 2015 e a participação em imóveis próximos às lojas.
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