01 de Julho de 2015 - 18h:29

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Criatividade blinda varejistas durante a crise

Comércio mundial deve ter crescimento abaixo do esperado em 2015; empresas precisam buscar inovação para afastar a estagnação econômica Enquanto alguns segmentos começam a afastar a crise econômica, o comércio ainda caminha a passos lentos. O relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) aponta que o crescimento do setor em 2015 deve ser de apenas 3,3%, menor do que a previsão inicial de 5,3%. O desempenho abaixo do esperado está atrelado à estagnação europeia (responsável por 1/3 do comércio mundial) e ao aumento em menor ritmo da China. Aqui no Brasil, que também passa por um período instável, a preocupação dos varejistas reside em eficiência operacional e redução de custos. Entretanto, uma alternativa eficaz é buscar soluções criativas para fidelizar o público-alvo. O conceito de loja Omnichannel, por exemplo, já é uma realidade, e a empresa que marca presença em todos os canais de venda consegue se blindar contra os principais concorrentes. A boa comunicação e o atendimento personalizado não só atraem novos consumidores, como também mantêm os atuais. A inovação é importante, sem dúvida, mas o varejo brasileiro ainda precisa de apoio governamental para afastar a crise econômica. Como maior empregador privado do país, o segmento necessita de mudanças fiscais e trabalhistas para obter uma equidade na competição global – até porque corporações multinacionais começam a investir no Brasil. Não bastam incentivos pontuais. Apenas com uma transformação definitiva as companhias brasileiras conseguirão se recuperar e, inclusive, atender novos mercados. Apesar dos problemas, ainda há espaço para o crescimento do setor. Nos últimos anos, 40 milhões de pessoas entraram no mercado consumidor, elevando a participação do varejo no PIB de 10% para 17%. Em países mais desenvolvidos, esse índice gira em torno de 30%, demonstrando que existe um longo caminho pela frente. Para isso, basta inovar e ter subsídios.
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