26 de Novembro de 2015 - 15h:51

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Expectativa de estímulos do BCE e mineradoras beneficiam bolsas europeias

Por: Jornal do Comércio

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quinta-feira (26), com os investidores na expectativa de mais estímulos do Banco Central Europeu (BCE), em sua reunião da próxima semana. Além disso, o cobre tem alta considerável, superior a 2%, o que impulsiona os papéis das mineradoras e contribui para o cenário positivo. A tensão entre Rússia e Síria seguia no radar, mas sem afetar o humor das bolsas.

O BCE se reúne na próxima quinta-feira (3 de dezembro) e já sinalizou que reavaliará o nível de estímulos, para impulsionar a inflação e apoiar mais a economia da zona do euro. A instituição pode cortar mais a taxa de depósito, levando-a mais para o terreno negativo, e expandir seu programa de compra de bônus. A expectativa de mais apoio tem apoiado as ações no continente.

Além disso, o cobre tem uma manhã positiva, o que beneficia as ações do setor de matérias-primas. Às 7h35 (de Brasília), a ação da Glencore subia 4,39% e a da Anglo American tinha alta de 2,16%, na Bolsa de Londres. No setor de petróleo, BP subia 0,69% e Shell avançava 0,94%, mesmo em uma manhã por enquanto de baixa para o petróleo.

Uma ação em destaque era a da Infineon, que subia 12,50% na Bolsa de Frankfurt. A fabricante de semicondutores informou esperar que sua lucratividade aumente no ano fiscal até setembro de 2016, após o lucro líquido quase dobrar no último trimestre, auxiliado pela recente aquisição International Rectifier. A Infineon, fabricante de chips para carros e cartões de crédito, previu que sua receita aumente entre 11% e 15%.

O papel da Volkswagen subia 2,83% em Frankfurt, após o jornal The New York Times informar que a montadora alemã teria encontrado uma maneira de consertar seus carros a diesel europeus. A companhia tem estado pressionada, após o surgimento do escândalo de fraudes em testes de emissões de poluentes de seus carros a diesel. Na Coreia do Sul, o governo determinou um recall de cerca de 125 mil veículos afetados pelo problema no país, além de multar a Volks em 14,1 bilhões de wons (US$ 12,3 milhões).

Na Espanha, Abengoa tem um novo dia negativo, em queda de 14,68% na Bolsa de Madri. Ontem, a companhia do setor de infraestrutura e energia anunciou que estava na etapa preliminar de um procedimento semelhante à recuperação judicial no Brasil. Endividada, a Abengoa pode acabar falindo, no que seria o maior caso do tipo na história do país.

A agenda de indicadores foi modesta na Europa. O BCE informou que a base monetária (M3) da zona do euro teve alta anual de 5,3% em outubro, acima da previsão de 5,0%. Os empréstimos do setor privado, por sua vez, avançaram 1,0% no ano em outubro, acima da alta de 0,6% do mês anterior. Na Espanha, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% no terceiro trimestre ante o segundo e avançou 3,4% na comparação anual. Os números confirmaram estimativas preliminares, divulgadas no fim de outubro.

As bolsas europeias operavam em alta. Às 7h53 (de Brasília), Londres subia 0,39%, Frankfurt avançava 1,07% e Paris tinha alta de 0,62%. O euro operava em leve baixa, com o BCE em foco, a US$ 1,0611, enquanto a libra recuava a US$ 1,5077.
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