02 de Janeiro de 2007 - 13h:59

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Blairo Maggi sinaliza com “congelamento” para TJ, MPE e TCE

Por: 24 Horas News - Edilson Almeida

    O governador Blairo Maggi quer estender para o Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE) o entendimento firmado com a Assembléia Legislativa que prevê para os próximos três anos “congelamento” do duodécimo – repasse financeiro entregue pelo Executivo. A proposta foi feita ao pregar o entendimento entre todos os setores como forma de levar adiante os avanços conquistados nos últimos quatro anos. “A sociedade mato-grossense não quer mais e não aceita a forma antiga de fazer política. O povo quer uma gestão transparente e eficiente” – disse Maggi, ao responder as ácidas críticas de um amargo presidente da Assembléia Legislativa, Zeca d´Ávila.
     
     “Não será possível, após quatro anos, uma mudança radical, se não houver uma parceria com os Poderes, órgãos auxiliares e o povo” – afirmou o governador. “Estamos no caminho certo. Vamos seguir com honestidade, transparência, modernizando a máquina pública, para que a sociedade possa continuar sendo beneficiada”. A solenidade na Assembléia, que durou cerca de uma hora, reuniu autoridades de todos os setores, que perceberam claramente a proposta do governador.
     
     Implantar um congelamento de repasse de duodécimos não será uma tarefa fácil. Em alguns casos significa engessar a expansão de alguns segmentos, como é o caso específico do Judiciário. A mesma situação se aplica à Defensoria Pública, que ensaia status de poder. Ambos, aliás, padecem com problemas de ordem estrutural. O Tribunal de Justiça há pelo menos 10 anos não realiza concurso para contratação de funcionários e a Defensoria ainda não conseguiu sua real implantação em todas as comarcas: faltam defensores.
     
     Em seu discurso, Maggi mencionou o entendimento com o Legislativo. Por ano, o Estado repassa R$ 159 milhões. Esse valor, agora, será mantido pelos próximos três anos. No quarto ano haverá uma discussão e esse valor será reduzido. Com os valores mantidos, o que não prejudicará os serviços e o funcionamento da Assembléia, sobrarão mais recursos para o Estado investir em obras importantes para a população.
     
     
     Maggi lembrou que em 2002 foi eleito com 51% dos votos e que, nas últimas eleições, o índice aumentou para 65,39%. “Isso demonstra que ganhamos a confiança da população”, disse, enfatizando que quem não votou daquela vez viu o trabalho que o governo realizou.
     
     Maggi disse que nos últimos quatro anos à frente do Governo do Estado ficou mais maduro e conheceu “as nuances da política”. “O caminho mais curto entre dois pontos não é uma reta e sim a negociação, o diálogo, a conversação”, observou, lembrando que esteve em Brasília num encontro com o presidente Lula juntamente com os senadores por Mato Grosso Serys Marly, Jonas Pinheiro e o senador eleito Jaime Campos. “As posições partidárias serão respeitadas. Mas o caminho é o entendimento”, afirmou. Maggi adiantou que pretende fazer o mesmo com o conjunto da bancada federal na Câmara dos Deputados.
     
     Depois de enumerar vários avanços obtidos nestes últimos quatro anos, como a construção de mais de 30 mil casas e o asfaltamento de dois mil quilômetros de rodovias, Maggi disse que os desafios pelo frente passam por transformar Mato Grosso num estado exportador de produtos acabados, ou seja, que transforme em seu próprio território as matérias-primas produzidas.

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