25 de Janeiro de 2008 - 12h:57

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Cortes de juros básicos noa EUA começam a ter efeito em taxas cobradas em hipotecas

SÃO PAULO - As recentes reduções do juros promovidas pelo Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, podem começar a ter um efeito positivo na economia real e ajudar a melhorar o cenário exatamente no ponto inicial de toda a crise, o mercado de crédito imobiliário.

Do início da turbulência nos mercado até agora, o Fed já cortou a taxa básica de juros dos EUA de 5,25% para 3,50% ao ano. Apesar de não seguirem exatamente este ritmo, os juros cobrados nas hipotecas caíram nas últimas quatro semanas e devem beneficiar não apenas os mutuários que têm hipotecas com taxas de juros ajustáveis como aqueles interessados em refinanciar suas casas com um custo menor.

Segundo pesquisa divulgada hoje pela Freddie Mac, uma das agências patrocinadas pelo governo dos EUA que atuam no segmento de crédito imobiliário, as taxas cobradas em hipotecas com juros fixos caiu para o nível mais baixo em quatro anos. A média de juros fixos cobrados em empréstimos de 30 anos ficou em 5,48% na semana encerrada hoje, ante 5,69% da semana anterior. Trata-se do menor nível desde março de 2005. Um ano atrás, esta mesma taxa estava em 6,25%.

Já nas hipotecas de 15 anos com juros fixos, a taxa média cobrada caiu para 4,95% na última semana - menor nível deste abril de 2004 -, ante 5,21% da semana anterior. A taxa média no começo de 2007 para este mesmo tipo de empréstimo era de 5,98%.

De acordo com a análise da Freddie Mac, esta redução se explica não só pela fraqueza do mercado residencial americano, mas também pelos cortes de juros promovidos pelo Federal Reserve.

Na visão de especialistas, esta redução de custos não deve salvar o mutuário que já está inadimplente, mas pode ajudar a evitar novos atrasos nos pagamentos. Além disso, com juros menores, aumenta o número de pessoas que consegue aprovação para renegociar sua dívida.

Uma pesquisa divulgada nesta semana pela Mortgages Bankers Association (MBA) revelou que os pedidos de novas hipotecas aumentaram 8,3% na semana passada, em um movimento puxado principalmente por solicitações de refinanciamento.
 
 
Fonte: Valor On Line
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