07 de Fevereiro de 2008 - 10h:49

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Trabalho em espaço confinado requer preparo e normas a serem seguidas

Um local confinado significa uma área de risco com perigo iminente, ele deve ser trabalhado com cautela e com todas as medidas de segurança. É assim que o Corpo de Bombeiros lida com as ocorrências que estão em espaços confinados, isso significa que é um local com dimensões reduzidas e de difícil acesso, sua entrada e saída são restritas.

O local pode apresentar uma iluminação deficiente ou nenhuma, a ventilação natural pode ser insuficiente, e com isso apresentar uma atmosfera tóxica ou inflamável, além de riscos de desabamento ou alagamento.

Nessas condições, o bombeiro que estiver executando uma operação de resgate pode ficar impedido de sair do interior do espaço confinado pelos meios normais de escape, situação que pode proporcionar lesões ou a morte.

Estatísticas apontam que no Brasil, os trabalhos no interior de espaços confinados representam 36% das mortes por tentativa de resgate feita por trabalhadores bem intencionados, porém, sem preparo.

No país, os espaços confinados são regulamentados pelo Ministério do Trabalho, através da NR – 33 e, pela ABNT, através da NBR – 14.606 e da NBR – 14.787.

Essas normas definem como as empresas deverão classificar seus espaços confinados, os treinamentos de seus trabalhadores e, também, os supervisores que deverão autorizar a entrada e que essas tenham um plano de Emergência e ou equipe de resgate.

Segundo o cabo Valmir Siqueira de Camargo, que trabalha no Corpo de Bombeiros há 19 anos e atualmente presta serviço no 1º Batalhão, o trabalho em espaço confinado por longos períodos pode causar claustrofobia (medo exagerado de lugares fechados ou escuros).

Ele conta que durante esse tempo de serviço já realizou resgate de pessoas e objetos nesse tipo de ambiente. “Entrei em fosso de elevador, para resgate de pessoas presas. Poço (cisterna) para resgate de animal e reservatório de água no subsolo para a retirada da bomba submersa”, comenta.

As ocorrências atendidas em espaços confinados em Cuiabá acontecem em secadores e armazenamentos de grãos, fábricas de bebidas e refrigerantes, frigoríficos, edificações em subsolo, buracos em terrenos abandonados, construção civil. Os materiais utilizados para o resgate das vítimas são os de salvamento em alturas (cordas, mola, aparelho oito, cadeira buldrier, ascensor), equipamento de proteção respiratória e aparelho de poço.

Os treinamentos são realizados em casa de fumaça, com sistema de iluminação e saídas com portas e janelas de emergência, uso na queima de folhas de mamona e eucalipto, tendo fogo interno e labirinto que se modifica em graus de dificuldade. Retirada de animais e pessoas de poços.

Todo espaço confinado deve ser adequadamente sinalizado, identificado e isolado para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.

 
 
 
Fonte: Sefaz-MT
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