29 de Agosto de 2008 - 15h:09

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Crédito alcança marca recorde de 37% do PIB

Por: Portal Razão Contábil

Em julho de 2008, o crédito alcançou 37% do PIB – número recorde para a economia brasileira. Isto significa que existem hoje mais recursos disponíveis em circulação para financiar o gasto privado das famílias e empresas. No total, o saldo das operações de crédito na economia é de R$ 1.086 bilhões. O crédito com recursos livres cresceu 1,9% no mês e acumula uma expansão de 35,9% em 12 meses. Por sua vez, os recursos direcionados se ampliaram 1,2% no mês e 25,4% frente a julho de 2007.

Dentro dos recursos livres, a modalidade de crédito que tem apresentado o crescimento mais expressivo é o leasing, que cresceram 105,7% nos últimos 12 meses. Para pessoas físicas, o aumento em julho foi de 7,8%. Frente a julho de 2008, o crescimento foi de 141,7%. O leasing para pessoas jurídicas cresceu 4,3% em julho de 2008 e 37% em 12 meses. Em relação ao total de recursos livres, o saldo das operações de leasing já participa com 12%.

Entre as demais operações com recursos livres, as operações referenciais para taxas de juros cresceram 1,3% no mês e 30,9% desde julho de 2007, enquanto as cooperativas de crédito registraram aumento de 1,9% no mês e 17,8% em 12 meses.

O crédito para pessoas físicas totalizou R$ 369,3 bilhões, com crescimento de 2,3% no mês. Inseridas neste total, as operações referenciais para taxas de juros ampliaram 1,2%, indicando que as modalidades dentro deste grupo vêm mostrando sinais de desaceleração.

Dentro das operações de crédito referenciais para taxa de juros, o produto com maior aumento no mês foi o crédito pessoal, com 2,1%. As operações de financiamento imobiliário e cheque especial registram decréscimos de 0,2% e 1,0%, respectivamente, mas possuem a maior expansão no acumulado do ano – 35,1% para a primeira e 19,8% para a segunda. O crédito consignado vem crescendo a taxas menos acentuadas, sendo 1,3% no mês e 13,8% no ano.

O prazo médio das operações referenciais para taxas de juros em julho foi de 467 dias, acumulando uma ampliação de 59 dias em relação a julho de 2007. A taxa de inadimplência teve pequena variação positiva de 0,3 p.p. no mês, apresentado estabilidade em torno dos 7%. No crédito pessoal, a inadimplência registrada em julho foi de 5,2% e de 3,7% para aquisição de veículos.

As operações de crédito para pessoas jurídicas cresceram 1,5% em julho e 19,1% no acumulado do ano. Em 12 meses, o crescimento total é de 41%, frente aos 30,7% registrados para pessoas físicas, de modo que o crédito à pessoa jurídica tem apresentado crescimento mais sustentado, apesar da expansão relativamente menor em julho de 2008.

Nas operações referenciais para taxas de juros, a expansão do crédito à pessoa jurídica tem sido maior que para pessoa física tanto nos dados do mês, com aumento de 1,3%; do ano, com 19,4%; e em 12 meses, com crescimento de 40,9%. Entre os produtos com participação mais significativa, destaca-se a expansão do saldo de operações com capital de giro, com 4,1% em julho.  Em 2008, o aumento acumulado neste produto é de 42,6%.

O prazo médio das operações com pessoas jurídicas teve pequena redução de 4 dias no mês, mas acumula ampliação de 24 dias no ano. A inadimplência permaneceu estável em 1,7%, sendo que para capital de giro, o produto com maior participação na carteira, a taxa está em 1,1%.

O crédito total ao setor privado cresceu 1,7% no mês e 16,3% no ano. O setor de maior expansão do crédito foi o de habitação, com crescimento de 3,1%. Este setor também acumula a maior taxa de crescimento no ano, com 18,2%. Em 12 meses, destaca-se o crescimento da indústria, com 36,9%.

Neste mês, as taxas de juros para pessoas físicas tiveram um aumento de 2,3 p.p. nas linhas pré-fixadas. A variação mais significativa ocorreu na taxa de juros do cheque especial (3,6 p.p.), que constitui a modalidade de maior risco. Já as taxas de juros para aquisição de bens e de crédito pessoal ampliaram 2,2 p.p. em relação a junho.

Na taxa de juros para pessoas jurídicas a variação foi menor, com aumento de 0,9 p.p. na taxa consolidada e de 1,4 p.p. na média das taxas pré-fixadas. Nas operações com capital de giro, a variação foi de 1,7 p.p. no mês e de 4,0 p.p. em 12 meses.


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