31 de Janeiro de 2007 - 16h:03

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Mitos empresariais desvendados

Por: Diário de Cuiabá

Pode parecer estranho usar uma coisa tão antiga quanto a mitologia para falar de negócios, mas dois autores, os irmãos Renato e Lutero de Paiva Pereira, não só imaginaram essa ligação como escreveram sobre ela. O resultado é o livro “Mitologia e Negócios - Lições da Grécia antiga para empreendedores”, lançado em dezembro pela editora Juruá.

Ao todo são analisados nove mitos gregos e um mineiro (para não fugir às raízes dos autores) sob duas visões, a do empresário (Renato) e a do advogado (Lutero). Estão lá Ícaro, Narciso, Cronos, Aracne, Aquiles, Sísifo, Éris, Pirro, Midas e o anti-herói mineiro “Silas quei”.

Conforme o autor Renato, empresário do ramo de hotéis em Cuiabá, a mitologia dá lições positivas ou negativas para qualquer área, basta se inspirar nelas. Em Ícaro ele aponta o pai, Dédalo como um grande empreendedor, pois, quando foi preso numa ilha por ter caído em desgraça com um deus, não se deixou abater e passou a observar o seu redor. “Ele podia se conformar e ficar lá na ilha para o resto da vida com seu filho tomando água de côco e comendo peixe, curtindo um sol...mas ele quis ampliar horizontes e, como o deus com quem tinha brigado dominava a terra e o mar ele teve a idéia de sair pelo ar”, explicou. Dédalo, na visão dos autores, é o pai do empreendedorismo porque não ficou reclamando de sua sorte e partiu para a ação.

Mas não pense que a obra só interessa a empresários. As lições servem para outros aspectos da vida, ou pelo menos, para dar um conhecimento mais contemporâneo sobre a mitologia. Tudo com uma certa dose de humor para que seja leve a quem lê.

Aracne é outro exemplo citado por ele. É deste mito que vem a palavra aracnídeo. Esta estória fala de uma tecelã mortal que se achava tão boa que desafiou a deusa das artes para um duelo de tecelagem. No entanto, a deusa vendo a mortal vencer ficou com tanta raiva que a transformou quis matá-la. Aracne, para não dar este gosto a deusa resolveu se matar. Nesse momento a deusa a transformou em aranha para que vivesse até o fim pendurada. Isso demonstra que um empresário que está começando nunca deve enfrentar seu maior rival de frente. Deve sim, construir seu próprio caminho na busca por seu espaço.

Outra obra – Simples e objetiva. Assim é esta obra, segunda na vida de Renato e que segue a linha do primeiro livro “Virando patrão”. Neste, ele relata observações que colheu ao longo de 15 anos de experiência á frente de oito empresas. Em “Virando patrão” ele alerta duas coisa imprescindíveis para o sucesso: frieza para correr riscos e o capital inicial que não seja utilizado para o sustento da família. “Se não há outro modo da família sobreviver sem mexer neste capital, há muita chance do negócio fracassar. Neste caso, é melhor esperar ter essa válvula de escape para começar a empreender”, aconselha.

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