14 de Janeiro de 2009 - 12h:38

Tamanho do texto A - A+

Vantagens começam a atrair as empresas

Por: Valor Econômico

Com o agravamento da crise internacional, o leasing operacional tem tudo para despertar o interesse das empresas. Semelhante a um aluguel, o leasing operacional dá à empresa o direito de uso do bem, sem que seja necessário comprá-lo. 

O leasing operacional é bastante comum no exterior, especialmente nos Estados Unidos e Europa, mas ainda é pouco usado no Brasil. À medida que as empresas brasileiras conhecem a modalidade, começam a pedir mais, conta Lizete Giuzio, diretora da LeasePlan, uma das maiores empresas independentes de leasing, com matriz na Holanda. 

"O leasing operacional é um pouco difícil de vender quando se usa uma terminologia técnica, mas as vantagens ficam mais visíveis quando falamos que há uma redução de custos na administração de frota e um benefício tributário, o abatimento das contra-prestações", explicou. 

A grande vantagem para os clientes, conta, é que a empresa que adquirir a frota por meio do arrendamento operacional não precisa se preocupar com manutenção e reparos. Como o bem continua pertencendo à arrendadora, mesmo depois do fim do contrato, todas as despesas ficam por conta da LeasePlan. Ao fim do contrato, o cliente devolve o automóvel ou o adquire pelo valor de mercado. 

A LeasePlan encerrou o ano passado com uma carteira comercial de frota de veículos da ordem de R$ 400 milhões no Brasil e pretende continuar em expansão. "Antes da crise, esperávamos crescer cerca de 20%. Devemos crescer menos, mas ainda na casa dos dois dígitos". 

Luiz Nali, diretor da CSI Leasing, especializada em leasing operacional de equipamentos de tecnologia, afirma que a crise atrapalhou um pouco os negócios, mas disse que a expectativa ainda é positiva. Desde 2003 no Brasil, a CSI já soma R$ 600 milhões em operações. 

"Nossa estimativa era realizar R$ 250 milhões entre julho 2008 e junho deste ano. Até dezembro, já fizemos mais de 50% desse volume. Como os bancos estão hoje mais cuidadosos, também temos de ser", afirma Nali. "Não podemos garantir que vamos atingir a meta, mas não vai comprometer a rentabilidade da companhia. Devemos ter uma redução do volume em torno de 10%". 

A aposta da CSI está na renovação tecnológica, necessária para muitas empresas e também uma oportunidade dentro da crise. "Além da prorrogação de contratos existentes, acreditamos que a colocação de equipamentos usados é melhor do que num cenário de expansão da economia. E esse também é o nosso negócio, o mercado secundário". (FT) 

VOLTAR IMPRIMIR