Ibovespa sobe em linha com notícias da recuperação econômica nos EUA
Por: Correio do Brasil
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começou o dia, nesta terça-feira, em alta de 1%, logo na abertura dos negócios, em linha com o mercado norte-americano, impulsionado desde a véspera pela pela operação que evitou a concordata no grupo financeiro norte-americano CIT Group. O Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da Bolsa paulista, chegava a 53.683 pontos, com giro financeiro de R$ 183 milhões, nas primeiras horas da manhã. O dólar comercial mantinha a trajetória de queda no sétimo dia seguido de recuo na cotação. A moeda norte-americana era vendida a R$ 1,894, em declínio de 0,47%.
No final da tarde desta segunda-feira, o CIT Group chegou a um acordo com seus credores, entre eles os bancos JPMorgan Chase e Goldman Sachs, para levantar US$ 3 bilhões. Os recursos, segundo analistas ouvidos pela agência inglesa de notícias Reuters, permitirão que o grupo financeiro de 101 anos, com mais de 1 milhão de pequenas e médias empresas como correntistas, poderá se reestruturar sem a proteção do capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, o equivalente à concordata, ou à recuperação judicial no Brasil.
A notícia foi bem recebida pelos investidores, que temiam pela quebra do CIT Group e por uma nova onda de desconfiança sobre o setor financeiro norte0americano. A quebra de outro banco, o Lehman Brothers, em setembro do ano passado, é considerado o ponto mais grave da atual crise financeira. Agora, o mercado norte-americano espera pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano, na sigla em inglês), Ben Bernanke, que pode dar sinais de qual será o rumo dos juros daquele país.
Internamente, os juros brasileiros também estão na mira dos investidores com o início, nesta tarde, da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que definirá a taxa básica do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), atualmente em 9,25% ao ano. O novo patamar de juros, no entanto, somente será conhecido nesta quarta-feira. Analistas de mercado apostam em um corte de 0,5 ponto percentual, segundo o boletim Focus divulgado, na véspera, pelo BC.
