21 de Setembro de 2009 - 09h:57

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Crescimento do emprego formal contribui para recuo de 11% na inadimplência com cheques, revela Serasa Experian

Por: Indicador Serasa Experian

Em agosto de 2009, o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos apontou um recuo de 11% no volume de cheques devolvidos em relação aos compensados, na comparação com julho. Segundo o levantamento, em agosto foram devolvidos 19,6 cheques a cada mil compensados, ou seja, de todos os cheques compensados no país, 1,96% foram devolvidos. Em julho, por sua vez, as devoluções de cheques representaram 2,21% do total de compensados (Foram devolvidos 22,1 cheques a cada mil compensados). Vale lembrar que o cheque é considerado desprovido de fundos a partir de sua segunda devolução.

A melhora da conjuntura econômica, acompanhada pelo crescimento do emprego, principalmente o formal, são fatores atribuídos pelos analistas da Serasa Experian para a redução no número de cheques devolvidos. O efeito calendário, com os dois dias úteis a menos em agosto, também é mencionado como facilitador do decréscimo.

Já na variação entre o acumulado de janeiro a agosto de 2009 sobre o mesmo período de 2008, a inadimplência com cheques cresceu 14,2% ante os compensados. Nos oito primeiros meses do ano, foram devolvidos 22,5 cheques por mil compensados (2,25% de inadimplência com cheques), ao passo que em igual acumulado do ano anterior, foram 19,7 cheques devolvidos por mil compensados (1,97% de devoluções).

A alta no volume de cheques sem fundos também é verificada na variação anual, agosto de 2009 sobre agosto de 2008, com 8,9% de crescimento. No oitavo mês do ano anterior, foram devolvidos 18 cheques a cada mil compensados (1,8% de cheques devolvidos).

Os especialistas destacam que o cheque foi a alternativa do varejo para financiar seus clientes durante o período mais crítico da criseo 1º trimestre do ano –, quando a inadimplência alcançou 23,6 cheques devolvidos a cada mil compensados, ou 2,36%, recorde histórico. No 2º trimestre, o indicador era de 22,5 cheques devolvidos a cada mil compensados (2,25%). Agora, no 4º bimestre (julho e agosto), o resultado é de 20,8 cheques devolvidos a cada mil compensados, ou 2,08%..

Ao analisarem estes números, os técnicos constatam que a inadimplência com cheques cai lentamente após março, acompanhando a recuperação econômica, devendo seguir neste ritmo até o final do ano. No entanto, este indicador será maior que o de 2008, inaugurando um novo patamar histórico na devolução de cheques, preveem os analistas.

Veja abaixo tabela com o total de cheques devolvidos e compensados, nos acumulados de 2009 e 2008, em agosto e julho de 2009, e agosto de 2008.

Nos estados e regiões

No acumulado de janeiro a agosto de 2009, o Amapá foi o estado que apresentou maior percentual de cheques devolvidos no país (9,45%) em relação aos compensados. O estado, que no ranking anterior estava na terceira colocação, superou Acre e Maranhão no percentual de devoluções de cheques. Já na outra ponta da tabela, São Paulo se mantém com o menor percentual de cheques devolvidos (1,75%). Entre as regiões, a Norte foi a primeira do ranking, com 5,09% de cheques devolvidos, enquanto a região Sul foi a com menor percentual (1,86%).

Veja abaixo o ranking completo com o percentual de cheques devolvidos nos oito primeiros meses de 2009, por Estado.

 

 

 

 

ESTADOS/REGIÕES

JAN-AGO/2009

1

Amapá

9,45%

2

Maranhão

9,40%

3

Acre

9,15%

4

Roraima

8,66%

5

Sergipe

8,10%

6

Tocantins

6,48%

7

Rio Grande do Norte

6,03%

8

Piauí

5,98%

9

Paraíba

5,67%

10

Alagoas

5,43%

11

Pará

5,33%

12

Mato Grosso

4,28%

13

Rondônia

3,86%

14

Amazonas

3,50%

15

Bahia

3,31%

16

Ceará

3,18%

17

Distrito Federal

3,10%

18

Goiás

2,85%

19

Espírito Santo

2,50%

20

Rio Grande do Sul

2,42%

21

Pernambuco

2,38%

22

Mato Grosso do Sul

2,25%

 

Brasil

2,25%

23

Minas Gerais

2,12%

24

Paraná

2,04%

25

Santa Catarina

1,96%

26

Rio de Janeiro

1,83%

27

São Paulo

1,75%

 

 

 

1

REGIÃO NORTE

5,09%

2

REGIÃO NORDESTE

3,78%

3

REGIÃO CENTRO-OESTE

3,02%

4

REGIÃO SUL

2,15%

5

REGIÃO SUDESTE

1,86%

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