O Rio Grande do Sul teve uma redução de 43% nos pedidos de falência de empresas de janeiro a setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de requerimentos caiu de 127 para 73. Os dados da Serasa, no entanto, também mostram que há um comportamento diferente quando observados os números de todo o território nacional. Apesar de já ter iniciado um recuo nos últimos meses, o ano ainda acumula aumento de cinco por cento nos pedidos de falência de empresas brasileiras. O assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida, afirma que este é um reflexo esperado da crise econômica que atingiu todo o sistema econõmico mundial.
Especialista em Direito Empresarial, Ana Cláudia Redecker entende que a diferença de comportamento do Rio Grande do Sul se explica por uma conscientização tanto de empresários quanto da Justiça gaúcha, lembrando que a falência é um processo judicial.
Já o número de solicitações de recuperação judicial subiu tanto no País quanto no Rio Grande do Sul. O procedimento é uma alternativa legal que o empresário tem para renegociar dívidas e evitar a falência. As solicitações de recuperação passaram de 14 para 20, relacionando janeiro a setembro do ano passado, período anterior aos efeitos da crise, com os mesmos meses de 2009.