14 de Dezembro de 2009 - 10h:59

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Grandes empresas saíram mais rápido da crise, aponta Serasa

Por: IG São Paulo

Mesmo com uma conjuntura econômica mais favorável em 2009, o número de recuperações judiciais requeridas apresentou elevação em novembro de 2009, ante igual mês de 2008. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, foram 48 pedidos no penúltimo mês de 2009, contra 39 em novembro do ano anterior.

Ainda que as micro e pequenas empresas possuam maior participação nas diversas recuperações, os técnicos destacam que o decréscimo das grandes empresas nas recuperações judiciais requeridas e deferidas evidenciam que esse porte se recuperou mais rápido dos efeitos da crise.

As empresas de pequeno porte, por sua vez, por serem mais dependentes de recursos de terceiros – os quais ainda não voltaram aos níveis pré-crise –, são as que mais sofrem para se recuperar. Outro fator que inibe esta recuperação, segundo a Serasa, é o fato de que o crédito para empresas ainda não foi completamente normalizado. As micro e pequenas empresas representam 97,5% das empresas em atividade no País, segundo pesquisa de 2006 do Ministério do Trabalho.

Das 48 solicitações de recuperação judicial aceitas em novembro deste ano, 28 foram feitas por micro e pequenas empresas, 18 por médias, e apenas duas por grandes. Na esteira do aumento no número de recuperações judiciais requeridas, as recuperações deferidas e concedidas também apresentaram crescimento.

O indicador verificou, ainda, um total de 11 recuperações judiciais encerradas desde que a Nova Lei de Falências entrou em vigor até novembro de 2009.

A perspectiva dos especialistas da Serasa Experian é de que as falências e recuperações venham a reduzir gradualmente seus registros, acompanhando o crescimento econômico. Os setores dependentes do mercado externo ainda terão dificuldades, ora pelo real valorizado, ora pela demanda menor dos países compradores, afirmam os técnicos.

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