19 de Abril de 2010 - 12h:47

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País teve recorde de fusões e aquisições

O número de fusões e aquisições de empresas no Brasil bateu recorde em 2010, segundo levantamento da consultoria KPMG.

Por: Protefer

O número de fusões e aquisições de empresas no Brasil bateu recorde em 2010, segundo levantamento da consultoria KPMG. Foram realizadas 160 transações de janeiro a março, número 16% acima do registrado no trimestre anterior, e 58% maior na comparação com o primeiro trimestre de 2009. Entre as empresas com operação na Região Sul, 15 do total das operações de fusões e aquisições estão no mercado paranaense, 11 em Santa Catarina e 25 no Rio Gran­­de do Sul.

Entre os destaques no mercado paranaense neste trimestre estão a aquisição do Hotel Internacional Foz, em Foz do Iguaçu, que assumiu a bandeira Golden Tulip e se tornou o 32º da carteira do Brazil Hospitality Group (BHG). A nacional Hilub, especializada em lubrificação, adquiriu a empresa de serviços de manutenção para segmento industrial Preditiva, com sede em Curitiba e filial em Porto Alegre (RS).

Também houve uma nova compra do grupo sucroalcooleiro Santa Terezinha, de Maringá: o último alvo foi a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Cana (Coocarol), de Rondon, Noroeste do estado. A aquisição ampliou sua capacidade instalada para 18 milhões de toneladas de cana ao ano, subindo para o time das cinco maiores usinas do país.

Apesar de o trimestre ter trazido números recordes, o sócio de Corporate Finance da KPMG no Brasil, Luís Motta, afirma que ainda não há garantias de que 2010 vá superar o recorde de aquisições e fusões de 2007, quando houve 699 operações. “O volume de negociações de hoje é um combustível importante, mas na minha leitura os sinais do mercado ainda não mostram retorno ao período pré-crise.”

Já para os analistas da Pri­­cewaterhouse Coopers, grupo que também monitora o andamento das fusões e aquisições de empresas, o recorde no primeiro trimestre é confiável o suficiente para confirmar a recuperação do contexto pré-crise. Eles concordam, no entanto, com o aumento dos investimentos brasileiros no exterior, como a compra da australiana Rockdale Beef e da canadense Weddel pela JBS, a colombiana Hydrocarbon Servcies pela Lupatech, ou ainda a fabricante de plásticos brasileira Bipal ter adquirido um porcentual da argentina Fate.

No ranking setorial, de acordo com a Price, o setor de alimentos liderou com 12% das transações de fusão e aquisição, o segmento de química e petroquímica ficou com 11%, enquanto os setores de varejo e TI, juntos, representatram 18% dos negócios.

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