20 de Abril de 2010 - 12h:16

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Assembleia com o sindicato foi adiada

Ex-funcionários planejam ação contra atraso no pagamento das rescisões

Por: Diário Catarinense

Mais uma tentativa de negociação com a diretoria da Busscar, fabricante de carrocerias de ônibus, acabou frustrada. A assembleia em frente à empresa, organizada ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Mecânica de Joinville e Região, resultou em uma nova data para a esperada conversa.

Ficou para a próxima quinta-feira, 22, às 9h30, na sede da Associação Empresarial de Joinville (Acij).

Os dirigentes da que já foi uma das maiores empresas exportadoras de Joinville devem se sentar frente a frente com representantes da categoria, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho.

– Falaram que não poderiam nos receber, pois dois executivos estão em São Paulo em busca de recursos. Nossas reivindicações são de mudanças na gestão da empresa, como divisão das ações entre os credores, busca de um modelo jurídico para compartilhar a administração com os empregados ou um pedido de recuperação judicial – desabafa o presidente do sindicato, João Bruggman.

Para ele, a única certeza é de que a fábrica “precisa de uma injeção de capital, pois não pode continuar assim”.

Os trabalhadores que aderiram ao plano de demissão incentivada também têm compromisso na quinta-feira. Às 10h, haverá um encontro com o objetivo de montar uma ação judicial coletiva contra os atrasos no pagamento das rescisões.

Os 1.138 ex-funcionários aguardam desde 27 de março o pagamento da terceira parcela do acordo e ainda não têm previsão de quando irão receber. A ação será apresentada ao Ministério Público para avaliação.

Funcionários ainda não receberam 13°

Hoje, a partir das 13h30min, a Busscar realiza uma reunião interna com os atuais funcionários. O assunto não foi divulgado oficialmente, mas supõe-se que esteja relacionado aos atrasos nos salários e no pagamento do 13°, que ainda não aconteceu.

A Busscar procurou o Ministério Público depois da publicação de uma reportagem no Diário Catarinense, no início do mês, que divulgava a possibilidade da procuradoria entrar com uma ação civil pública contra a empresa por falta de pagamento. Um acordo administrativo está em andamento desde a semana passada.

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