Empreender significa estar a frente dos demais, colocar-se como aquele que buscará por sua iniciativa produzir, desenvolver, criar coisas e processos. Por si só, a palavra empreender nos dá uma noção do real significado que ela tem para a administração.
E ainda nos dias de hoje, temos uma explosão de empreendedorismo. São as franquias que espalham-se, são as empresas familiares que relutam em mudar, são os profissionais liberais que sonham em ter o próprio negócio e até mesmo os empregados que aprendem tudo o que podem para depois poderem "copiar" do patrão.
Acredito que muitas pessoas tem peril empreendedor, de dinamismo, de flexbilidade, de comprometimento. E muitas pessoas carregam desde o berço a vontade ou a utopia de um dia se tornarem empreendedores para usufruir de uma vida boa.
Face isso tudo, considero as dificuldades dos tempos atuais para se ser um empreendedor: dificuldades fiscais e legais (burocracia), altos custos trabalhistas e previdenciários, dificuldades de logística constatada em algumas regiões etc. Só para citar algumas.
Mas isso quer dizer o que? Que não devemos ser empreendedores? Eu diria, absolutamente não, o que quero dizer com este artigo é que é uma utopia pensar que o empreendedor, o dono ou sócio de um negócio vai ter vida mansa.
O empreendedor é o sujeito que invariavelmente mais trabalho dentro da empresa a menos que tenha um ótimo quadro de funcionários e saiba delegar.
Precisamos nos livrar do sonho do empreendedorismo e viver a realidade que traduz dificuldades diversas ao empreendedor e que requer habilidades múltiplas deste sujeito de grande audácia.
Para se sobreviver no empreendedorismo devemos em primeiro lugar pensar na gestão da coisa. Ter vontade e uma idéia (aspecto técnico) não basta. É preciso gerir e isso tem que ser feito em grande ou pequena medida pelo empreendedor.
Por fim, muita paciência e inovação é o que em suma trará possibilidades de sucesso ao negócio.