21 de Maio de 2010 - 12h:56

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Fibria prevê zerar dívida de US$ 511 mi na próxima semana

Por: DCI

A Fibria Celulose, resultado da fusão de Aracruz e Votorantim Celulose e Papel (VCP), amarga uma dívida de US$ 511 milhões por conta de operações com derivativos cambiais. Mas, segundo Carlos Aguiar, presidente e diretor de Relações com Investidores da companhia, esta tormenta vai passar na próxima semana.

"O grande pulo-do-gato foi dado com a venda de Unidade de Guaíba e depois com o lançamento do Fibria I, e, agora, do Fibria II. Com isso, devemos terminar na semana que vem com os últimos US$ 500 milhões de dívida com os derivativos. A partir disso, ficaremos liberados de garantias e de uma série de amarrações desses contratos", disse o executivo-chefe da companhia.

Depois de anunciar a proximidade do fim da dívida em derivativos, a
gerência da empresa afirmou que ainda não há um período definido para quitar a dívida, mas que pretende finalizar o processo até o fim deste primeiro semestre. Para finalizar o processo, a companhia, por enquanto, descarta qualquer tipo de emissão.

No dia 4 de janeiro de 2010, a Fibria anunciou captação de US$ 1,2 bilhão em operação de pré-pagamento de exportação, com a qual a empresa captou na primeira tranche um volume
financeiro de US$ 750 milhões, com prazo de 5 anos e carência de 3 anos e, em seguida conseguiu arrecadar os outros US$ 425 milhões, com prazo de 7 anos e carência de 5 anos. Os recursos oriundos desta operação foram recebidos em 28 de dezembro último.

Esta operação fez parte do Plano de Gestão do Endividamentoda Fibria, iniciado com a venda da Unidade Guaíba, no valor de US$ 1,430 bilhão, e com a emissão de US$ 1 bilhão em bônus. Esse plano teve como objetivo otimizar a estrutura de capital e harmonizar o cronograma de amortização do endividamento, o que permitiu a redução da dívida das operações com derivativos para menos de 20% do seu valor original.

Em comunicado divulgado na ocasião da operação de captação dos US$ 1,2 bilhão, a companhia afirmou que, "dos cerca de US$ 3,6 bilhões captados através do Plano, US$ 2,1 bilhões foram utilizados para o pré-pagamento da dívida com derivativos em dezembro de 2009. O saldo será utilizado para o refinanciamento de parte da dívida vincenda em 2010 e 2011. Simultaneamente, a empresa concluiu negociação para alinhar os termos da dívida oriunda dos derivativos aos demais contratos existentes", afirmou o documento.

Aguiar disse ainda que pretende quitar a dívida com derivativos para dar continuidade ao processo de expansão da companhia. "A partir disso [pagamento da dívida], estaremos em condições de realizar algum tipo de investimento para crescimento. Estamos sempre querendo melhorar esta dívida e querendo baixar a taxa de juros. Como o mercado tem sido positivo, e com nossa evolução, com o preço da celulose que tem subido bastante, estamos próximo dos objetivos", explicou o presidente da Fibria.

Quanto à quantidade de emissões para 2010, Aguiar não confirmou mais nenhum tipo de captação. "Já realizamos duas captações em um prazo muito curto de tempo", disse ele. O executivo acrescentou que vai esperar pelo fim da volatilidade no mercado devida à crise financeira na Europa. "Nós conseguimos fazer essa transição em uma janela muito boa do mercado, mas vamos ficar sempre de olho", revela o executivo da companhia.

Quando questionado sobre a possibilidade de uma retração da demanda por conta da crise financeira europeia, Aguiar disse que ainda não deu para sentir nenhum efeito da crise, e que a demanda continua a mesma.

"A crise começou há poucas semanas, não sentimos nenhum corte no número de pedidos, até porque a Europa cresceu bastante no final de 2009 e no início deste ano. Mas se a crise persistir por mais dois trimestres pode ser que sintamos alguma coisa", afirma o presidente da Fibria.

Os rojetos de investimentos também têm seguido os planos estratégicos da companhia. A empresa vai iniciar neste ano a aquisição ou arrendamento de terras. O plano de sinergia da Fibria também permanece o mesmo do já anunciado.

"O plano está feito. Eram os R$ 4,5 bilhões em valor presente, então está mantido. No ano de 2009 mantivemos a meta e vamos continuar buscando para este ano", acrescentou Aguiar.

Ontem, as ações da Fibria começaram a ser negociadas no Novo Mercado, segmento que exige a prática de elevados padrões de governança corporativa na BM&F Bovespa.

"A adesão da Fibria ao Novo Mercado ratifica o nosso compromisso com a adoção das melhores práticas de governança corporativa assumido entre a companhia, seus
administradores e acionistas", disse.

Com a adesão da Fibria, sobe para 108 o número de empresas listadas no Novo Mercado da BM&F Bovespa.

A Fibria Celulose, resultado da fusão de Aracruz e Votorantim Celulose e Papel (VCP), tem uma dívida de US$ 511 milhões por conta de operações com derivativos cambiais durante o pior momento da crise financeira internacional. Mas, segundo Carlos Aguiar, presidente da companhia, esta tormenta vai passar já na próxima semana.

"O grande pulo-do-gato foi dado com a venda de Unidade de Guaíba e depois com o lançamento do Fibria I, e, agora, do Fibria II. Com isso, devemos terminar na semana que vem com os últimos US$ 500 milhões de dívida com os derivativos. A partir disso, ficaremos liberados de garantias e de uma série de amarrações desses contratos", disse o executivo.

Depois de anunciar a proximidade do fim da dívida em derivativos, a empresa afirmou que ainda não há um período definido para quitá-la, mas disse que pretende finalizar o processo até o fim deste primeiro semestre.

Para finalizar o processo, a companhia, por enquanto, descarta qualquer tipo de emissão.

No dia 4 de janeiro de 2010, a Fibria anunciou captação de US$ 1,2 bilhão em operação de pré-pagamento de exportação, com a qual a empresa conseguiu, na primeira parcela, um volume financeiro de US$ 750 milhões.

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