25 de Junho de 2010 - 17h:24

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Consolidação do cooperativismo agrícola

Por: Paulo Costa - Portal Exame

Aproxima-se de um final importante o processo de fusão de três cooperativas agrícolas e agroindustriais paranaenses, um passo significativo e sem volta para o processo de consolidação também deste setor. A Cocamar, de Maringá/PR, Corol, de Rolândia/PR e a Cofercatu, de Porecatu/PR estão se unindo para ganhar economia de escala, agregar valor aos produtos agrícolas de seus cooperados, aprimorar os serviços de fornecimento de insumos (defensivos e fertilizantes) e buscar sinergias para sua logística de armazenagem, transporte e comercialização.

Pouco gente se lembra ou tinha nascido quando o sistema cooperatista agrícola brasileiro lançou as bases para o que é hoje a grande força do agronegócio brasileiro, partindo principalmente dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Mas estão na história de nossa agricultura potencias como a CAC – Cooperativa Agrícola de Cotia, nascida nos anos 30,  a Fecotrigo – Federação das Cooperativas Tritícolas do Rio Grande do Sul, a Cotrijuí – Cooperativa Tritícola Serrana de Ijuí/RS e a própria Cocamar, originalmente Cooperativa de Cafeicultores de Maringá. A chegada das multinacionais dos cereais e oleaginosas, nos anos 70, com suas modernas técnicas de gestão e grande poder financeiro não foi o motivo da perda de competitividade do cooperativismo agrícola brasileiro.

O fato é que o sistema ficou atrasado por décadas, com raras exceções, mantendo métodos amadores de administração e buscando parcerias com as grandes empresas exportadoras, particularmente para a comercialização de seus produtos e o financiamento de seus cooperados. Mas o conceito cooperativista sobreviveu, ampliou-se para a agroindústria e agora entramos em um processo de consolidação do setor que certamente deve se intensificar em mãos mais fortes e com poder de dar continuidade ao avanço que o sistema necessita.

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