Em busca de expansão no mercado nacional e internacional, a Metasa, de Marau, se associou à Codeme Engenharia, de Betim (MG), que ficou com 20% do capital da empresa gaúcha. Apesar de manter as autonomias de gestão estratégica, comercial e operacional de ambas, o acordo assinado na sexta-feira e divulgado ontem une forças de duas empresas que se complementam e amplia o potencial de negociação.
Os valores da associação não foram revelados, mas a soma do potencial das empresas pressupõe parceria de peso. A Metasa está entre as maiores empresas do segmento de estruturas metálicas do Brasil e atua em diversas áreas: óleo e gás, papel e celulose, petroquímica, siderúrgica, metalúrgica e mineração e infraestrutura. Uma das indústrias do Estado mais beneficiadas pelo polo naval de Rio Grande, a empresa gaúcha fornece produtos para as plataformas da Petrobras. Nos últimos dois anos, fechou quase R$ 500 milhões em negócios.
Com experiência na integração de processos e soluções de engenharia, a Codeme trabalha em quatro segmentos distintos: prédios industriais, galpões comerciais e industriais, sistemas de cobertura e edifícios de andares múltiplos. Em 2009, faturou R$ 260 milhões e pretende fechar 2010 com vendas de R$ 350 milhões.
– Essa associação irá nos fortalecer para viabilizar investimentos futuros na ampliação de nossa capacidade produtiva e de relacionamento com o mercado. Estamos focados numa visão de longo prazo – afirma Ari Antonio Roso, vice-presidente do conselho de administração da Metasa.
Dirigente ressalta complementariedade
Segundo Ademar de Carvalho Barbosa Filho, presidente da empresa mineira, a associação permitirá que ambas utilizem o que a outra tiver de melhor:
– A Metasa tem uma grande capacidade de produção e a Codeme tem um investimento muito alto em engenharia e tecnologia. Uma irá aprender e crescer com a outra.
Na avaliação de Christian Velloso Kuhn, professor de economia da Escola Superior de Administração Direito e Economia (Esade), a parceria aposta no crescimento do setor nos próximos anos.
– Provavelmente surgirão novos negócios e demandas maiores para essas empresas – analisa Kuhn.