14 de Setembro de 2010 - 09h:55

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Fusões e Aquisições: desafios vão desde as regulamentações de mercado até o gerenciamento de capital humano

Pedro Goyn, presidente da True Access Consulting, afirma que segurança da informação deve fazer parte de todo o processo e ser mantida para a continuidade dos negócios

Por: Notícias Info e TI

As fusões e aquisições, que muitas vezes são realizadas entre empresas do mesmo segmento do mercado, requerem cuidados para que a unificação das atividades seja realizada de forma natural. Uma vez que a empresa compradora já fez um alto investimento, a tendência é limitar outros custos que consideram de segundo plano, mas que podem ser essenciais para a condução dos negócios. Pedro Goyn, presidente da True Access Consulting, aponta a segurança da informação como medida primordial que deve fazer parte não só do processo de integração entre as empresas, mas ser mantida na continuidade dos negócios. Ele sugere que em processos como esse as empresas considerem pontos como regulamentação de mercado, orçamentos, arquitetura da segurança da informação, padronização das soluções, revisão estratégicas de serviços, bem como avaliação do capital humano.

A área de TI, embora não receba fortes orçamentos para apoiar o processo de compra ou fusão de companhias, é a principal fortalecedora do processo. “Nessa área é depositada a responsabilidade para garantir que nada saia fora da curva”, lembra Goyn. O executivo enfatiza que a decisão de limitar o orçamento em um valor determinado para depois pensar na estratégia de integração não é válida.  “Conhecemos esse tipo de atividade como top-down, que ao pé da letra significa dizer ‘TI você precisa fazer milagre com essa verba’. O ideal é criar uma estratégia que permita pelo menos uma visão inicial das necessidades das áreas para então definir as prioridades” comenta.

Alguns mercados possuem regulamentações bastante específicas. Mesmo que a integração seja realizada dentro do mesmo setor, requer atenção especial. “Uma fusão ou aquisição resulta sempre em uma companhia de porte maior, que demandará novas regras. Por isso, é necessário entender o campo em que cada empresa estava atuando e no qual atuará após o processo, tendo a certeza que no próximo passo já estarão atuando em sincronia”, comenta Goyn. “Não raras vezes, uma companhia local é comprada por uma multinacional e novamente as observações se aplicam”.

Segundo o executivo, a arquitetura da segurança da informação faz parte desse contexto e por isso a TI deve desenhar toda a rede de ambas as empresas. “Através disso, os gestores terão uma análise detalhada de como ficará a arquitetura geral da rede de dados e também irá ajudar e entender os desafios de segurança; em quantas localidades estaremos presentes, como estarão interligadas, haverá recursos na rua, temos necessidade de site back-up, onde estão e estarão nossos dados, temos Data Center? São perguntas comuns, mas que serão determinantes nessa etapa”.

Na fase subseqüente, Goyn sugere analisar a padronização das soluções tecnológicas. Provavelmente haverá diferenças de plataformas de soluções entre as empresas e por isso um nivelamento irá beneficiar na redução de custos e também no gerenciamento técnico.  Uma vez que a companhia terá a análise exata daquilo que realmente está funcionando, terá menor custo com aquisição e manutenção de equipamentos. Do ponto de vista técnico, as soluções são bastante especializadas e quanto maior o número de plataformas, mais difícil e caro será para gerenciar. “Isso vale não só para ferramentas básicas, como é o caso do antivírus, como também para soluções mais avançadas, como é o caso de correlação de eventos” argumenta.

O executivo alerta sobre a incompatibilidade de escolhas de serviços entre as empresas envolvidas no processo, convergências que já começam pelos hardwares e softwares. “Pode haver fornecedores de serviços distintos e também estratégias diferentes. Uma empresa quer terceirizar e a outra opta pelo insource. Não é raro vermos isso e não há uma regra comum, mas juntas elas precisam revisar suas estratégias e decidir pelo que é realmente válido para o novo modelo de negócios que a companhia está iniciando” lembra Goyn.

Nesse cenário um dos problemas mais comuns é como organizar, alinhar e gerenciar o capital humano. É claro que no momento de uma aquisição, todos preferem ficar do lado de quem comprou, mas essa escolha não faz diferença, já que haverá sempre uma decisão a ser tomada, seja por duplicidade de cargos ou por uma estratégia de redução vinda de ambas as partes. “Realocar ou reduzir, independe. O principal fato é que isso requer tempo para entender os perfis e qualificações de cada pessoa. Se feito de imediato a empresa pode acabar, mesmo sem querer, eliminando recursos chaves”.

Sobre a True Access Consulting

A True Access Consulting é uma empresa do Grupo TBA focada na oferta de soluções globais em segurança da informação. A companhia integra, implementa e desenvolve soluções completas, além de fornecer serviços de consultoria e suporte técnico. O relacionamento com o mercado é realizado por meio de quatro grandes áreas de negócios: Segurança, Gerenciamento & Monitoramento, Disponibilidade e Serviços.

A companhia já participou de alguns dos maiores projetos de TI desenvolvidos no País, como o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), Criptografia do Imposto de Renda via Internet e Conectividade Social da Caixa Econômica Federal. Empresas como AR – Algorithmic Research, CheckPoint, Nokia, Cisco, Huawei, Imperva, MetricStream, IBM/ISS, Microsoft, Novell e Symantec, integram sua rede de parceiros.

Seu portfólio de clientes inclui nomes como ABN Amro Bank, Banco Nossa Caixa,  Banco do Brasil, Brasil Telecom, Caixa Econômica Federal, Dimed, Itaú, Prodesp, Serpro, Souza Cruz, TSE/STJ, Claro, Toyota, Liberty Seguros e Eurofarma, Sabesp, entre outros. Com atuação em todo o território nacional, a companhia faz parte do Brassec – consórcio que reúne fornecedores de soluções e serviços voltados à segurança e à inviolabilidade de informações.

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