08 de Outubro de 2010 - 11h:49

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Acrimat se reúne hoje com Frialto

Por: O Documento

A Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat - tem reunião marcada nessa sexta-feira (08), na parte da amanhã, com os diretores do grupo Frialto no município de Sinop para buscar a melhor alternativa para os pecuaristas com credito a receber do frigorifico. “Vamos começar a discutir a melhor solução possível para os pecuaristas e para isso temos que sentar e conversar”, anunciou o presidente da Acrimat, Mário Candia, que se reúne com representantes do frigorifico, acompanhado do superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, o representante da região de Arinos, Nando Conte e o economista e técnico do Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de MT, Daniel Latorraca.

A pauta de reunião tem como prioridade analisar a viabilidade econômica do Plano de Recuperação Judicial, que será apresentado na Assembleia Geral de Credores marcada para o dia 21 de outubro, na primeira chamada, e no dia 28 deste mês, na segunda chamada. “Vamos discutir com o frigorifico qual a sua real capacidade de pagamento e já buscar novas propostas para que a empresa continue trabalhando, mas que o pecuarista não fique no prejuízo e recebe o que tem direito no menor tempo possível”, comentou Candia.

O presidente da Acrimat alerta os produtos da necessidade de todos participarem da AGC para que “tenhamos força para negociar”. Ele lembra ainda, que aqueles produtores que não puderem comparecer devem fazer uma procuração para que seja representado. “Estamos com nossa assessoria jurídica à disposição de todos e podem ligar no telefone 65 – 3622 2970 para maiores informações, pois o importante é que estejamos unidos”, avisa.

A primeira Assembleia Geral do grupo Frialto composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto LTDA. e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos LTDA, foi convocada pelo juiz de direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Sinop, Paulo Martini. Ela será realizada na Rua das Avencas, n.º 2377 – Amazon Centro de Eventos, em Sinop/MT, no dia 21 de outubro de 2010, às 9 horas em primeira convocação, e em segunda convocação no dia 28 de outubro de 2010 às 09 horas no mesmo local.

Proposta do Frialto para os pecuaristas

O Frialto já apresentou dois cenários para o pagamento dos fornecedores estratégicos, onde estão os pecuaristas, como possíveis propostas do Plano de Recuperação que será apresentado na AGC.

Na primeira hipótese a empresa retoma suas atividades sem novos financiamentos. Neste cenário a proposta é de que após a homologação do Plano na Assembleia Geral dos Credores cada Credor Estratégico cujo crédito não seja superior a R$ 25.000,00 será pago integralmente 5 dias depois; aos demais credores, 10% do saldo devedor a cada credor 35 dias depois; 50% do saldo devedor seriam pagos em 11 parcelas mensais; e o saldo restante (40%) pago em 12 parcelas mensais, somando 2 anos para quitar o débito.

Na segunda hipótese, o frigorifico prevê a continuidade das operações com financiamentos no valor de R$ 50.000.000,00. Nesse caso, após a homologação do Plano na AGC, cada Credor Estratégico cujo crédito não seja superior a R$ 25.000,00 será pago integralmente5 dias depois; aos demais credores pagamento de 10% do saldo devedor 35 dias após o pagamento previsto aos que receberam integralmente; 10 dias após o desembolso do valor do financiamento, pagamento de 50% do saldo devedor; e o saldo restante pago em 11 parcelas mensais.

O pedido de Recuperação Judicial

A empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT), no dia 24 de maio. O grupo possui 8 unidades de abates em 5 Estados ( MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são 3 plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte, Matupá e Sinop , e uma planta em construção em Tabaporã.

A dívida do Frialto composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto LTDA. e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos LTDA é de R$ 564 milhões, sendo R$ 453 milhões com instituições financeiras, R$ 97 milhões com os pecuaristas, R$ 6 milhões trabalhista e R$ 8 milhões de frete.

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