16 de Dezembro de 2010 - 12h:21

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Demanda das empresas por crédito avança 3,3% em novembro puxada por micro e pequenas empresas, aponta Serasa Experian

Alta em novembro reverteu dois meses seguidos de queda

Por: Indicador Serasa Experian

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito, a quantidade de empresas que procurou crédito cresceu 3,3% em novembro na comparação com o mês imediatamente anterior (outubro/10). Em relação a novembro de 2009, a demanda das empresas por crédito cresceu 10,5% e, no acumulado do ano de 2010, avançou 7,2% sobre o período de janeiro a novembro de 2009. A alta em novembro ocorreu após dois meses consecutivos de queda na demanda das empresas por crédito.

O avanço da demanda das empresas por crédito em novembro pode ser explicado pelos impactos da greve parcial dos bancários, ocorrida durante a primeira quinzena de outubro. Tal evento acabou produzindo efeitos negativos sobre a busca de crédito por parte das empresas naquele mês, reduzindo a base de comparação, salientam os economistas da Serasa Experian.

Análise por porte

Na classificação por porte, as micro e pequenas empresas foram as principais responsáveis pelo crescimento da demanda por crédito (alta de 3,4% em relação a outubro). Nas médias empresas a alta mensal verificada foi de 0,3%. A procura por crédito em novembro também se elevou nas grandes empresas, as quais registraram variação positiva de 0,2%.

No acumulado de janeiro a novembro de 2010, as grandes empresas lideraram a procura por crédito: crescimento de 8,8% na comparação com mesmo período de 2009. As micro e pequenas empresas totalizaram elevação de 8,2% na demanda por crédito durante o período acumulado de janeiro a novembro de 2010. Já as médias empresas registraram recuo de 8,5%, isto porque muitas delas são empresas exportadoras, deparando-se com um mercado externo pouco dinâmico, e enfrentando a uma taxa real de câmbio relativamente valorizada.

Análise por região

Todas as regiões geográficas do país registraram crescimento nas demandas das empresas por crédito em novembro/10. As maiores delas ocorreram nas regiões Norte (+7,1%) e Nordeste (+6,1%). Nas demais regiões do país, o crescimento em novembro oscilou entre 1,9% (Região Sul) e 3,2% (Região Centro-Oeste).

No acumulado do ano (janeiro a novembro de 2010), a região Nordeste encontra-se na liderança do crescimento da demanda por crédito: alta de 10,6%.  O Centro-Oeste surge na segunda colocação, exibindo crescimento de 9,5%. A região Norte, com alta de 7,6% no acumulado do ano, aparece na terceira colocação, seguida de perto pela região Sudeste (crescimento de 6,7% frente ao período de janeiro a novembro de 2009). Na última posição encontram-se as empresas da região Sul com crescimento de apenas 5,1% em suas demandas por crédito.

Análise por setora

O setor de serviços foi o que mais buscou crédito em novembro, com alta de 4,8% frente a outubro. O comércio e a indústria também registraram avanços, porém bem mais modestos, de 2,4% e 2,2%, respectivamente.

No acumulado de janeiro a novembro de 2010 (comparativamente ao mesmo período do ano passado), as empresas do setor comercial, com alta de 8,1%, encontram-se na liderança da procura por crédito. Logo em seguida figuraram as empresas de serviços, com variação acumulada de 6,9%. Por fim, a maior exposição do setor industrial ao cenário externo, ainda adverso, e ao câmbio valorizado, faz com que este setor apresente um avanço de apenas 4,4% em sua demanda por crédito no acumulado do ano de 2010.

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CNPJs – cerca de 1,2 milhão –, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica, setor e porte.

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