11 de Abril de 2011 - 12h:53

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Casa & Vídeo usa nuvem como aliada no processo de reestruturação

Por: Ana Paula Lobo - Hotsite Cloud Computing

Depois de viver uma grave crise financeira e uma recuperação judicial, a Casa & Vídeo, empresa varejista com 64 lojas distribuídas pelo estado do Rio de Janeiro, apostou na reformulação para melhorar a performance na área de Tecnologia da Informação.

Há dois anos, quando computação na nuvem era mais teoria do que prática, a varejista apostou suas fichas na tecnologia e não teve receios para mudar: Contratou um provedor externo - a Amazon.com - sem medo de sofrer com problemas de latência ou de qualidade de serviços. O objetivo foi construir uma nuvem privada dentro da nuvem pública ofertada pelo megaprovedor norte-americano para otimizar o comércio eletrônico.

"A Casa & Vídeo aproveitou a reestruturação financeira para também otimizar a governança tecnológica. O primeiro passo foi trocar o ERP (pacote de gestão empresarial) e partir para a adoção de medidas para a governança corporativa. Além disso, havia, sim, a preocupação de reduzir custos, mas com garantia de manter a qualidade dos serviços já prestados. Cloud despontou como a única saída para seguir essa linha na área de comércio eletrônico e a ideia foi comprada", conta Fernando de la Riva, sócio diretor da Concrete Solutions, empresa responsável pela implementação do novo modelo de TI.

Uma das grandes preocupações do uso de cloud era o de garantir e certificar o ambiente de comércio eletrônico - hoje um dos grandes elos de concorrência no setor. E, nesse quesito, observa la Riva, o ganho foi imediato. O tempo de resposta ficou até cinco vezes mais rápido, além de que nos períodos de pico, como dezembro, no Natal, houve uma grande estabilidade do serviço online com a contratação de mais servidores virtuais para suportar o aumento da demanda e do tráfego.

“Em menos de 10 minutos conseguimos dobrar nossa capacidade de processamento de um mês normal, sem sazonalidade. Tudo de forma segura, rápida e simples”, afirma Nilson Lopes, consultor responsável pela transformação da área de Tecnologia da Casa & Vídeo."A sazonalidade do nosso negócio agora é acompanhada por aprovisionamento dinâmico da estrutura computacional, levando a um uso mais racional de recursos, uma melhor performance e uma disponibilidade de quase 100 %”, complementa.

Mais do que melhorar a performance no comércio eletrônico, a Casa& Vídeo também alcançou a meta de reduzir custos. A economia com a decisão de colocar a operação de e-commerce na nuvem é estimada em R$ 10 milhões nos últimos dois anos.

"Não há mais necessidade de se investir em legado. E a dinâmica do comércio eletrônico no Brasil está tão acirrada que os aportes nessa área são constantes. Para se ter uma ideia, janeiro deste ano foi tão movimentado quanto dezembro. Venda pela Internet é, hoje, crucial para os negócios e não há mais necessidade de compra de hardware", sustenta o sócio diretor da Concrete Solutions.

A primeira etapa do projeto foi fazer a migração e a certificação de todo o ambiente e levou apenas um mês. “Nos últimos doze meses, o projeto tem quase 100% de disponibilidade e um tempo de resposta de 200 m/s. Além disso, o ambiente está com redundância - Estados Unidos e Europa - e há certificação de segurança e regulatória como PCI-DSS e SAS-70 tipo 2, SOX e HIPAA”, conta Fernando de la Riva, cuja empresa é solutions provider da Amazon.com no país. Sobre o fato de contratar serviços de cloud fora do país, Fernando de la Riva sintetiza a sua posição.

"Fomos ao mercado para contratar um provedor com condições de nos oferecer banda e estabilidade com preços justos. A competição nos Estados Unidos nos permite ter preço acessível e lá também tem infraestrutura. Aqui no Brasil, ainda sofremos bastante com essa parte. Mas é claro que há operações da Casa&Vídeo no Brasil. É uma questão de analisar o melhor modelo para cada negócio", afirma o executivo.

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