28 de Junho de 2011 - 15h:08

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Inadimplência das empresas tem a maior alta em vinte e dois meses

Por: Serasa Experian

Em maio de 2011, na comparação com igual mês de 2010, a inadimplência das pessoas jurídicas cresceu 23,6%, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Foi a maior alta registrada na variação anual desde julho de 2009, ano em que a crise econômica impactava fortemente na economia.

Nas demais variações, a inadimplência das empresas também apresentou elevação. Na relação de maio sobre abril último, o avanço foi de 16,2%. Na comparação entre os acumulados de janeiro a maio de 2011/2010, por sua vez, o crescimento foi de 7,1%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, os juros elevados e a desaceleração econômica, decorrentes da política monetária restritiva para controle da inflação, os impactos do aumento dos preços nos custos e o crescimento na inadimplência do consumidor no caixa das empresas já afetam sua capacidade de pagamento.

O crescimento mensal na inadimplência das empresas (16,2%) reforça que a inadimplência do consumidor nas compras do Dia das Mães complica o fluxo de caixa das empresas.

A perspectiva é de que os fatores elencados  – juros e inadimplência do consumidor –, continuem pressionando a liquidez das empresas.

Decomposição do indicador

Na decomposição do indicador, os protestos apresentaram o maior crescimento mensal, 26,3%, contribuindo com parcela de 10,4% do total de 16,2%. Em segundo lugar estão os cheques devolvidos por falta de fundos, com expansão mensal de 11,2% e contribuição de 3,8%. Os bancos aparecem com aumento mensal de 7,8% e contribuição de 2,1% no mês.

Valor médio das dívidas

De janeiro a maio, as dívidas com bancos tiveram um valor médio de R$ 5.049,81, o que representou 5,8% de aumento ante o mesmo período de 2010.
Os títulos protestados, por sua vez, tiveram, nos cinco primeiros meses do ano, um valor médio de R$ 1.723,59, resultando em 7,0% de elevação, na comparação com o acumulado de janeiro a maio de 2010.  

Por fim, os cheques sem fundos apresentaram, de janeiro a maio deste ano, um valor médio de R$ 2.058,15, com 2,7% de crescimento, na relação com os cinco primeiros meses de 2010.

Análise por porte

Na relação de maio sobre abril, a inadimplência das micro e pequenas empresas foi a que menos cresceu (15,6%). Já a das médias empresas avançou 28,1%, e a das grandes 20,3%. Quanto à variação de maio contra maio, a inadimplência das micro e pequenas cresceu 23,8%, a das média 27,1%, e a das grandes 15,2%.

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