13 de Dezembro de 2006 - 14h:31

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Front Light: Agências afirmam que medida é prejudicial ao segmento

Para o Sindicato das Agências de Propaganda de Mato Grosso, a decisão do Ministério Público Estadual (MPE) de determinar a retirada dos front lights “é prejudicial” ao setor publicitário.

Por: Diário de Cuiabá

Segundo a entidade, muitas empresas fizeram opção de anunciar por meio de painéis após um longo estudo do cliente, de acordo com a sua necessidade de atingir mercados. “As agências montaram uma estratégia de mídia a longo prazo e, no meio do jogo, resolvem mudar as regras. Para o mercado publicitário, isso é muito complicado”, critica o presidente do sindicato, Luiz Gonzaga Júnior “Brasa”.

Ele informou que a maioria dos contratos de front light em Cuiabá é de um ano, mas há contratos de até dois anos. Esses últimos serão prejudicados, pois a mídia será interrompida no final do próximo ano, quando vence o prazo para a retirada dos últimos painéis.

“A perda da agência será moral, pois o anunciante tem a verba destinada para propaganda e ficará sem esta alternativa de mídia”. Brasa reconheceu, entretanto, a necessidade de se estabelecer critérios de contratação por meio das Parcerias Público-Privada (PPP) de processo licitatório.

Em Cuiabá são 23 agências, de um total de 80 no Estado. Brasa calcula que 70% dos investimentos concentram-se na Grande Cuiabá.

Ele diz que cada front light é alugado, em média, por R$ 1,5 mil por face. “Cada face dá possibilidade de renda e um painel pode contabilizar até R$ 3 mil”. Desse total, 20% (R$ 600 são repassados às agências), ficando o restante (R$ 2,4 mil) com as exibidoras. Brasa estima que em Cuiabá o mercado de front light movimenta cerca de R$ 200 mil mês, R$ 2,4 milhões por ano. De acordo com ele, todo material gráfico, equipamentos e até veículos são negociados pelo sistema de parcerias (permutas), sem qualquer desembolso da Prefeitura.

“A Prefeitura também ganha com ISS sobre os contratos de veiculação”, lembra Brasa, estimando perda anual de R$ 120 mil para o município.

Com a proibição da instalação de front lights em logradouros públicos, ele acredita que a alternativa para o mercado será alugar espaços particulares em pontos estratégicos da cidade.

 
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