21 de Junho de 2007 - 14h:42

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Estabilidade eleva investimentos

Por: A Gazeta

Os indicadores econômicos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estão mostrando resultados cada vez mais estáveis, o que facilita as previsões de analistas do mercado e eleva a perspectiva de novos investimentos no País. "Agora as instituições podem prever com maior precisão o desempenho econômico, o que deve levar ao aumento dos investimentos", explica Flavio Serrano, analista da López Leon Corretora.

"A margem de erro diminui muito, porque há maior visibilidade", completa o economista Carlos Thadeu de Freitas, chefe do departamento de economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor de política monetária do Banco Central. O coordenador de contas nacionais do IBGE, Roberto Olinto, disse que não se deve esperar "grandes emoções" nos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) daqui pra frente, já que hoje a economia brasileira sofre poucas pressões, num cenário internacional favorável. "Nessa situação, as reações são muito mais lentas, qualquer grande mudança ocorrerá lentamente na economia", explicou.

Olinto observou que, no momento atual, "a conjuntura perde seu caráter dramático e os indicadores permitem modelos de análises econômicas mais firmes, confiáveis e menos voláteis". Protagonista de entrevistas de divulgação do PIB em momentos de fortes turbulências na economia, ele define a situação atual como de "tranqüilidade absoluta". Serrano, da López Leon, concorda e cita os próprios dados do PIB para exemplificar que a estabilidade chegou mesmo aos indicadores, antes um espelho da volatilidade econômica que dominava o País. Ele lembra que, entre 1996 e 2004, as diferenças de magnitude no PIB anual eram muito grandes, passando, por exemplo, de uma alta de 1,1% em 2003, para 5,7% em 2004.

Em 2005, foi instaurado um novo padrão que, para o economista, deverá prevalecer daqui para frente. O PIB daquele ano foi de 2,9%, o do ano seguinte de 3,7% e o deste ano deverá ficar em torno de 4,0%, sem nenhum grande salto ou queda. Segundo as projeções do Ipea divulgadas ontem, o PIB de 2007 deverá ficar em 4,3% e o de 2008, em 4,4%.

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