22 de Junho de 2007 - 14h:26

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Carga tributária é a vilã, diz estudo

Impostos para executivos incomodam mais do que a desvalorização do dólar frente ao real. Para 57% deles, a carga tributária brasileira é mais prejudicial do que o dólar baixo.

Por: Diário do Comércio

Sondagem do Instituto Quorum Brasil, feita com 149 executivos de 100 empresas da capital paulista, mostrou que os impostos incomodam mais do que a desvalorização do dólar frente ao real, mesmo para as empresas que atuam com freqüência no mercado externo. Do total de empresários ouvidos, 105 atuam no mercado externo. Para 57% deles, a carga tributária brasileira é mais prejudicial do que o dólar baixo, que apareceu como principal empecilho para 31% dos entrevistados. O menor problema foram os juros altos, apontados por 12% da mostra.

Quanto às empresas que atuam no mercado interno, o principal problema continua sendo a carga tributária, a grande vilã para 68% dos executivos. Mas em território nacional, os juros altos aparecem como segundo principal complicador para a evolução dos negócios, com 21% dos apontamentos, ficando à frente do dólar baixo, apontado por 11% dos entrevistados.

Também foi perguntado aos executivos a questão estrutural. Nesse quesito, 68% deles disseram faltar infra-estrutura. O Governo Federal foi apontado como o principal responsável pelos problemas do País, e para 68% dos pesquisados, é da União o ônus desse equacionamento.

Apesar dos problemas apontados, os executivos são otimistas em relação ao futuro das exportações de suas empresas, segundo o levantamento. Para 55% deles, que estão à frente de empresas de capital internacional, as vendas externas vão aumentar. Essa percentagem cai para 42% entre os executivos que estão à frente de empresas de capital nacional. "Os empresários brasileiros são otimistas porque estão acostumados a trabalhar com plano B. Eles vão investir em tecnologia e processos produtivos para reduzir custos e buscar novos mercados, como África e leste europeu, para fugir da concorrência de Estados Unidos e Europa Ocidental", disse o sócio do Quorum Brasil, Cláudio Silveira.
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