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Em nota enviada ontem ao Valor, a direção da empresa afirmou que, para dar suporte às suas operações, "recorreu a financiamentos bancários em mais de 20 instituições". Esses recursos garantiram o crescimento da rede nos quatro primeiros anos.
No início de 2007, a família Etchenique decidiu buscar um sócio e já estava em negociações com um fundo de private equity. Mas a operação não foi adiante.
"Depois de negociações de algumas semanas e contrariando cartas de intenção previamente assinadas, a transação acabou não se concretizando", informou a empresa. Esse fundo, segundo ela, investiria na EletroDireto com o interesse de abrir, no futuro, o seu capital"Depois de negociações de algumas semanas e contrariando cartas de intenção previamente assinadas, a transação acabou não se concretizando", informou a empresa. Esse fundo, segundo ela, investiria na EletroDireto com o interesse de abrir, no futuro, o seu capital.
A companhia culpa o fundo, cujo nome não foi revelado, pela situação de estrangulamento financeiro que se encontra hoje. "A negativa na conclusão da operação deixou a empresa sem tempo hábil para buscar outras soluções que levassem ao equacionamento do desequilíbrio de caixa no curto prazo". Conforme avançavam as negociações com o fundo, a empresa descartava outras opções de financiamento.
A EletroDireto tem um prazo de 60 dias para entregar ao juiz um plano de reestruturação de seus negócios. A vara de Cotia teria cerca de 90 dias para responder se aceita o pedido de recuperação judicial. A empresa possui 190 empregados e estima impactar outras mil pessoas indiretamente.
Miguel Etchenique, avô de Ricardo, fundou em 1945 a maior indústria de eletrodomésticos da América Latina, o grupo
Mas o varejo provou ser um negócio bem mais difícil. A história mostra que várias empresas trocaram os pés pelas mãos e não conseguiram equilibrar o fluxo de caixa, afundando-se em dívidas com bancos e fornecedores. Nesta lista está a Arapuã, que chegou a ser líder na venda de eletrodomésticos no país.