12 de Julho de 2007 - 14h:13

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BC deixa porta aberta para mudar regras de exposição dos bancos

Por: Valor On-Line

O Banco Central deixou uma porta aberta para discutir com os bancos eventuais modificações nas circulares, editadas no início de junho, que apertam as regras sobre exposição cambial. Mas a autoridade monetária já sinalizou que não abre mão dos princípios prudenciais que nortearam a edição das medidas.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) entregou ao BC um documento em que pede o relaxamento das novas regras. Argumentam, no texto, que foi imposta exigência adicional de capital da ordem de R$ 14 bilhões, o que, como contrapartida, limitaria em R$ 130 bilhões a capacidade de contratar novas operações de crédito. Ontem, a Febraban não quis comentar o documento, afirmando que ainda discute o assunto com o BC.

Quando anunciadas, parte do mercado financeiro entendeu as circulares como uma iniciativa para conter a apreciação da taxa de câmbio, a despeito de a autoridade monetária ter dito que tinha apenas o objetivo de controlar o risco assumido pelos bancos para, assim, garantir a solidez do sistema financeiro. A prova dos nove aconteceu em 2 de julho, quando duas das medidas passaram a ter efeito pleno (a terceira delas havia entrado em vigor em junho). De 8 de junho, quando as circulares foram anunciadas, até 2 de julho, quando tiveram efeito pleno, a taxa de câmbio sofreu uma valorização de 2,35%, passando de R$ 1,9638 para R$ 1,9176. A certeza do BC de que as circulares não teriam impacto na taxa de câmbio vem do fato de que, em anos anteriores, foram adotadas medidas semelhantes, sem que houvesse repercussões maiores na cotação do dólar.

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