04 de Outubro de 2007 - 14h:06

Tamanho do texto A - A+

Proposta quer zerar desmatamento na Amazônia em sete anos

Na solenidade em que foi apresentado o Pacto pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, nesta quarta-feira em Brasília, o governador Blairo Maggi destacou a necessidade de reforçar o desenvolvimento sustentável como um dos pilares do futuro econômico do Estado. O documento proposto pelo Governo Federal, ONGs e instituições voltadas à preservação ambiental traz como prioridade as políticas de valoração econômica da floresta, além de flexibilizar e otimizar o uso agrícola em áreas já desmatadas. O Pacto foi apresentado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e pela Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados.

A meta, considerada ambiciosa, propõe acabar com o desmatamento da floresta amazônica em sete anos e estabelece metas anuais de redução da perda de floresta até o desmatamento ser zerado, em 2015, sendo permitidos apenas os usos tradicionais do bioma.

Um estudo econômico elaborado pelas ONGs propõe ainda a criação de um imposto incidente sobre atividades poluidoras e degradantes para financiar as ações previstas no pacto. Pela proposta, esses recursos formarão um fundo, a ser gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Maggi assinou o Pacto junto com outros governadores de estados da Amazônia Legal e enfatizou que o desmatamento diminuiu em Mato Grosso e que várias alternativas estão em andamento para que o índice seja superado.

A idéia do Desmatamento Zero não visa imobilizar o desenvolvimento econômico da região. Na verdade, é uma proposta concreta e bem embasada tecnicamente que irá reunir esforços e recursos para um pacto territorial no qual as áreas degradadas tenham uma destinação adequada e as florestas sejam mantidas para a conservação e uso sustentável.

A ministra Marina Silva afirmou que as propostas serão avaliadas pela coordenação executiva do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e que, mais do que cumprir metas, o governo pretende combater toda forma de desmatamento ilegal no País.

O diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão, explicou que as entidades estão solicitando que o governo federal, os governos estaduais da região amazônica e a iniciativa privada se unam para alocar em torno de R$ 1 bilhão por ano no Orçamento da União, durante sete anos, para estruturar um programa de pagamento de serviços ambientais àqueles que conservam as florestas e para os produtores rurais que ainda têm necessidade de desmatar para desenvolver suas atividades.

Participaram também da cerimônia os governadores Eduardo Braga (AM) e Waldez Góes (AP), secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Luis Henrique Daldegan e representantes das ONGs: Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Conservação Internacional (CI), The Nature Conservancy (TNC), Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e WWF-Brasil.
 
 
Fonte: Sefaz-MT
VOLTAR IMPRIMIR