16 de Setembro de 2011 - 10h:05

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Forteboi tem recuperação judicial aceita

Por: Folha do Estado

O Frigorífico Forteboi, localizado em Juína (720 km de Cuiabá), teve seu plano de Recuperação Judicial homologado pela Justiça. O início dos pagamentos dos passivos avaliados em R$ 9,4 milhões já tiveram início. O processolevou apenas quatro meses para ser concluído – em média são necessários seis meses.

A agilidade no processo, segundo o especialista em recuperação judicial, advogado do frigorífico, Eduardo Vieira, se deu pelo fato de não ter ocorrido a assembleia geral de credores (AGC). Conforme Vieira, a AGC não é obrigatória, só ocorrendo quando os credores não aceitam o plano proposto e fazem objeções a ele, dentro de 30 dias, a partir de sua apresentação. Situação que não aconteceu com o Forteboi.

“Não houve necessidade de assembleia e os pequenos credores e os pecuaristas devem ser priorizados no plano. A maior parte do passivo era originário de instituições financeiras, e foi devidamente negociado. O plano foi amplamente negociado junto aos credores, o que permite agora a empresa manter sua atividade e ainda pagar suas dívidas, e futuramente investir mais no setor”, afirmou Vieira.

Para o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardinni, a homologação sem a realização da AGC é prova que o frigorífico apresentou um plano satisfatório, e que respeita e atende os interesses dos credores.

O proprietário do frigorifico, Helcio Nalesso, garante que a recuperação judicial foi fundamental para continuidade da atividade no mercado. “Se eu não tivesse optado por fazer a recuperação iria acabar com meu patrimônio e não salvaria a empresa. Mas o tratamento que o Poder Judiciário nos proporcionou dar aos credores foi surpreendente”, revelou.

CENÁRIO - Atualmente o Forteboi gera mais de 150 empregos diretos em todas as unidades, abate cerca de 4 mil cabeças ao mês, mas tem capacidade para 6 mil, e é considerada uma empresa de médio porte. Em Juína, boa parte da economia local depende da pecuária. O funcionamento regular da empresa ajuda no fomento da economia local, gera impostos municipais e estaduais e postos de trabalho indiretos.

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