Justiça homologa recuperação judicial da Usina Guaricanga
Assessoria
A juíza da comarca paulista de Pirajuí, Jane Carrasco Alves Floriano, deferiu o processo de recuperação judicial da usina Guaricanga, localizada em Presidente Alves (382 de São Paulo capital). A usina conta com um passivo de R$105 milhões e tem mais de 1.200 trabalhadores empregados diretamente na empresa. Atualmente a usina movimenta a economia de mais de 30 mil pessoas que moram nas cidades de Pirajuí e Presidente Alves.
No deferimento a Juíza determina que por um período de 180 dias sejam suspensas as ações de execução contra a empresa. Mensalmente a empresa deverá apresentar a juíza demonstrativo de contas mensais.
Segundo o advogado da ação e especialista em Recuperação Judicial, Euclides Ribeiro, da ERS Consultoria o próximo passo é apresentar o plano de recuperação, em 30 dias, no entanto a legislação permite que seja entregue em 90 dias. “Recentemente justiça do trabalho bloqueou bens da empresa e dos sócios. Com a recuperação judicial o pagamento dos trabalhadores deve ser melhor visto e programado em uma audiência que deve acontecer ainda este mês”, revelou.
Segundo Ribeiro, a usina é de suma importância para movimentar a economia da população do entorno. “A mão-de-obra que emprega e a cana que compra para moer vêm dos oito municípios próximos: Presidente Alves, Avaí, Reginópolis, Cafelândia, Balbinos, Uru, Duartina e Bauru, e chega a cerca de 30 mil pessoas. Dependem da usina ainda fornecedores de insumos, equipamentos e serviços”, concluiu.
Ribeiro conta que o atual diretor do empreendimento, João Guilherme Hermann colocou em recuperação a usina para evitar demissões e manter a continuidade do negócio, que existe há mais de 30 anos.
Além de motivar a economia das cidades, a destilaria também tem importante colaboração nestas comunidades, a empresa recupera estradas e cede máquinas para trabalhos em obras públicas; colaborando com as áreas de assistência social, saúde e educação.
Segundo o assessor estratégico para assuntos sucroalcooleiros, da ERS consultoria, Celso Luiz Olivatto, a usina move a economia das cidades. “A destilaria ja chegou a moer mais de 1,5 milhoes de toneladas de cana e hoje tem trabalho comprometido”, revelou.
TRABALHISTA – Diante do deferimento da recuperação judicial da Usina a Juiza trabalhista da 4° Vara da Comarca de Bauru, Ana Claudia Barros marcou a primeira audiência de conciliação com os trabalhadores para o dia 23 d agosto, no Forum da Cidade.
Histórico
A Destilaria Guaricanga foi uma das primeiras a serem implantadas para atendera o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). A unidade foi fundada 1977 pelo consórcio Zanini-Conger e a primeira produção de álcool, em 1979, foi de 120 mil litros por dia. Já começou produzindo anidro e hidratado. O proprietário que deu início às atividades na usina foi ex deputado João Hermann Neto, falecido em 2009. Ele antecipou por muitas vezes as crises do setor sucroenergético e sabendo que uma unidade produtora não sobreviveria sozinha a uma nova crise partiu para um projeto de expansão. Com contínuos investimentos em canaviais e na indústria, em 2006, a Destilaria Guaricanga já tinha, quase 30 anos depois de sua fundação, super alterou sua moagem, de 150 mil toneladas por safra em 1977 para 1,5 milhão de toneladas. Porém, o crescimento acarretou endividamento e desde então, a empresa enfrentou dificuldades em quitar as dívidas.
Fonte: ERS Consultoria & Advocacia
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