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Lucro de empresas turbina receita

As empresas brasileiras estão lucrando mais, e isso contribuiu para que a arrecadação das receitas federais batesse novo recorde em março.

O Estado de S.Paulo

As empresas brasileiras estão lucrando mais, e isso contribuiu para que a arrecadação das receitas federais batesse novo recorde em março, atingindo R$ 33,6 bilhões. O valor representa crescimento real (descontando a inflação) de 11,78%. No acumulado do primeiro trimestre, a arrecadação sobe para R$ 102,76 bilhões, alta real de 10,16% em relação ao mesmo período de 2006.

Apesar do desempenho recorde, o secretário-adjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirma que o resultado está dentro do desejado e não permite sinalizar com novas medidas de reduções de impostos. Ele argumenta que o novo cálculo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) reduziu a carga tributária.

Segundo Barreto, fatores atípicos elevaram a arrecadação no primeiro trimestre. Em março, termina o prazo para o pagamento do saldo de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) referente à Declaração de Ajuste de 2006. Também entraram na conta da Receita em março recursos do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) relativos a depósitos judiciais e ganho líquido de operações em bolsa.

Os dados divulgados pela Receita mostram que a arrecadação do IRPJ e da CSLL cresceram, em março, 22,15% e 26,58%, respectivamente, em relação a março de 2006, sinalizando que as empresas lucraram mais no ano passado que em 2005. "A Declaração de Ajuste do IRPJ e da CSLL influenciou substancialmente não só a arrecadação de março, mas todo o primeiro trimestre de 2007", diz Barreto. "Tanto o setor financeiro quanto os demais setores da economia apresentaram lucros maiores e, portanto, resultado melhor nas declarações de ajuste."

Excluindo-se o efeito do aumento da lucratividade em 2006 na arrecadação do primeiro trimestre, as empresas, sem o setor financeiro, ainda recolheram 9,7% a mais de IRPJ e CSLL no primeiro trimestre de 2007. A Receita não informou quais os setores que apresentaram maior rentabilidade. O recolhimento do IPI mostra, no entanto, destaque para os setores automotivo e de metalurgia.

A Receita também registrou aumento de 67,41% na arrecadação de IRPF. Houve crescimento substancial no recolhimento do tributo sobre ganhos líquidos em operações em bolsa (R$ 53 milhões). "Tudo indica que se trata de operações concentradas em grupos econômicos que deve ter decorrido de análise própria de oportunidade de realização de lucro dentro do setor", diz Barreto.

Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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