Telecom Italia desconhece termos das discussões entre Claro, Vivo e Oi
Valor Econômico
A Telecom Italia negou nesta sexta-feira conhecer o conteúdo de qualquer discussão que possa estar sendo realizada entre Claro, Vivo e Oi para avançar na consolidação do setor no Brasil, disse hoje a TIM Participações em esclarecimento prestado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A operadora brasileira questionou os diretores e a controladora italiana sobre as notícias que inundaram o mercado de que o acordo para dividir seus ativos entre as três principais concorrentes estaria muito próximo ou já teria sido fechado e o grupo alegou desconhecer as negociações.
Além disso, a Telecom Italia garantiu que não faz parte de nenhuma conversa com terceiros para alienar a TIM. Em várias oportunidades, a empresa de telecomunicações afirmou que sua unidade no Brasil era muito importante estrategicamente e que deveria continuar sob seu controle.
Há alguns meses, no entanto, circula o rumor de que a mexicana América Móvil, dona da Claro; a Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo; e a Oi, hoje controladora da Portugal Telecom, estariam combinando esforços para adquirir a TIM e posteriormente dividi-la entre si.
A agência de notícias Dow Jones publicou nesta sexta-feira reportagem na qual, citando fontes, revela que a proporção dessa distribuição seria algo próximo de 40% para Claro, pouco mais de 30% para Vivo e abaixo de 30% para Oi. Mais cedo, a edição do jornal Folha de S.Paulo deu como já assinado o acordo entre as três empresas.
Restaria apenas, de acordo com as notícias, à Oi levantar os recursos para a aquisição por meio da venda dos ativos da PT Portugal. A operadora Altice, de Luxemburgo, e mais dois fundos de participação Apax e Bain Capital estariam na corrida por essa operação doméstica da Portugal Telecom, disse a Dow Jones.
Logo após a publicação do fato relevante com o esclarecimento, as ações da TIM entraram em leilão na BM&FBovespa até as 12h58. Antes da paralisação, os papéis subiam 12,5%, para R$ 13,14. Já as ações preferenciais da Oi avançavam 20% há pouco e eram cotadas em R$ 1,38. Os papéis PN da Telefônica Brasil ganhavam 5,94%, negociados a R$ 49,58.
Fonte: ERS Consultoria & Advocacia
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