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Presidente da Oi diz que empresa está 'aberta' a novo adiamento de assembleia de credores

G1

Marco Schroeder se reuniu com ministro da Fazenda em Brasília. Ele disse ser importante que as negociações com os credores da operadora se encerrem ainda neste ano.

O presidente da Oi, Marco Norci Schroeder, afirmou nesta sexta-feira (20), após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasíli, que a empresa está "aberta" a um eventual novo adiamento da assembleia de credores da empresa, que está marcada para a próxima segunda-feira (23). Detentores de títulos da operadora de telefonia e alguns bancos pediram o adiamento da assembleia ao juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio.

Além de dívidas com o Banco do Brasil, BNDES e Caixa, a Oi tem uma dívida de aproximadamente R$ 20 bilhões com a Anatel. A empresa enfrenta desde junho do ano passado um processo de recuperação judicial.

O juiz se reúne ainda nesta sexta com a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e com o próprio presidenet da Oi e, depois disso, deve decidir sobre a postergação da assembleia.

"A empresa está bastante preparada para fazer a assembleia na próxima segunda. Pode ser uma oportunidade para discutir com os credores. Mas se o juiz acolher o pedido e preferir dar mais umas semanas para evoluir com os credores fora da assembleia com as discussões, a gente continua aberto", declarou Schroeder.

Ele informou que se encontrou nesta semana com credores da empresa e que disse achar que há "espaço para convergir".

"Se tiver mais algumas semanas, vamos aproveitar para ver se chega na assembleia com um plano com mais apoio consolidado para facilitar o andamento", acrescentou.

'Virar a página'

Segundo o presidente da Oi, o adiamento da assembleia, porém, prejudicaria a empresa, pois, em sua visão, é "importante virar essa página". "A gente fez bastante coisa em um ano, aceleramos investimento, melhorou muito no sentido de qualidade. A gente reduziu em quase 30% as reclamações com a Anatel, mas tem que mudar essa página para a gente poder falar da questão tributária, da internet das coisas. É importante encerrar ainda neste ano", avaliou ele.

De acordo com Schroeder, se a assembleia for realmente adiada ela deve ser remarcada para 27 de novembro, ou seja, ainda neste ano, como ele pleiteia.

AGU discute soluções

Recentemente, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, afirmou que o governo pode levar ao Congresso Nacional uma proposta de mudança na lei para tentar viabilizar uma solução para o pagamento da dívida que a Oi tem com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Grace Mendonça afirmou, na ocasião, que o governo está confiante de que conseguirá "chegar a uma solução juridicamente sustentável e viável do ponto de vista técnico e jurídico" para as questões que envolvem a Oi.

A ministra confirmou que entre os pontos que estão sendo tratados está a ampliação do prazo para pagamento da dívida da Oi com a Anatel.

Ao ser questionada sobre o que faria se a solução encontrada fosse juridicamente viável, mas não tivesse respaldo legal, Grace Mendonça afirmou que nesse caso o governo teria que se "socorrer ao Congresso Nacional".

Carga tributária do setor

Em reunião com o ministro da Fazenda nesta sexta-feira, os presidentes das empresas de telecomunicações pediram que a carga tributária do setor não seja elevada.

Segundo ele, a tributação cobrada do setor no Brasil já é a maior do mundo. O temor é que mudanças nas regras do PIS/Cofins elevem a carga tributária mais ainda.

"Nós não viemos pedir para fazer nenhuma redução da carga tributária. Embora desejado, nós entendemos que o momento não é adequado. Viemos pedir para não aumentar mais", disse o presidente da Vivo, Eduardo Navarro de Carvalho.

Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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