24 de Fevereiro de 2015 - 14h:52

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Faturamento das micro e pequenas empresas cai 0,6% em 2014

Por: Valor Econômico

As micro e pequenas empresas paulistas terminaram o ano de 2014 com queda de 0,6% no faturamento real (já descontada inflação) em relação ao ano anterior, segundo a pesquisa Indicadores Sebrae-SP, divulgada nesta terça-feira. A estagnação da economia brasileira em 2014 e o nível fraco de consumo interno foram dois dos principais fatores que prejudicaram o desempenho das MPEs paulistas, conforme o Sebrae. A receita total dos micro e pequenos negócios em 2014 foi de R$ 595,3 bilhões, cifra de R$ 3,9 bilhões a menos do que em 2013. Indústria e comércio amargaram resultados ruins, com queda no faturamento acumulado de janeiro a dezembro de 1,8% e 5,9%, respectivamente, em relação a um ano antes. Já o setor de serviços registrou aumento, de 6,5%, na mesma comparação, resultado beneficiado pelo aumento de receitas do segmento de transportes. "Inflação relativamente alta, aumento de juros, desvalorização cambial, piora nas condições de crédito e na confiança de consumidores e de empresários seguraram o ritmo da atividade econômica", afirmou, em nota, o presidente do conselho deliberativo do Sebrae-SP, Paulo Skaf. "Os pequenos negócios sentiram os efeitos dessa conjuntura e, consequentemente, seus resultados pioraram no confronto com 2013", disse Skaf. Entre as regiões, o Grande ABC teve a queda mais acentuada de faturamento, de 4,6%, no acumulado de 2014 sobre 2013. A região, que tem presença forte de empresas do setor automotivo, sofreu com o desempenho fraco da indústria. Na mesma comparação, as MPEs do interior de São Paulo tiveram baixa de 1,6% no faturamento. Enquanto isso, o município de São Paulo apresentou crescimento de 0,8% no indicador e a região metropolitana ficou praticamente estável (variação de +0,3%). Pessimismo recorde Em relação às expectativas dos donos de pequenos negócios, 16% disseram esperar piora do faturamento, maior percentual desde maio de 2005, quando as expectativas foram introduzidas na pesquisa. Em janeiro de 2014, eles eram 9%. A maior parcela (55%), no entanto, acredita em estabilidade (eram 50% um ano antes) e 24% falam em melhora (31% em janeiro de 2014). O pessimismo também é recorde quando o assunto é a economia nacional. Em janeiro, 32% afirmaram crer em piora, o dobro de janeiro de 2014, quando 16% dos entrevistados manifestaram esse sentimento. Os que preveem estabilidade são 46% em janeiro de 2015 ante 51% de um ano antes. Já os que acreditam em melhora são 15% agora; eram 25% em janeiro do ano passado.
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