18 de Julho de 2017 - 15h:05

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Atividade econômica recua 0,2% em maio, diz Serasa Experian

Por: Serasa Experian

Investimentos e exportações lideraram queda no mês

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,2% em maio/17, descontado os devidos ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (maio/16), a atividade econômica do quarto mês do ano subiu 0,9%. No acumulado do ano até maio/17, a retração da atividade econômica foi de 0,1% em relação ao período acumulado de janeiro a maio do ano passado.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o agravamento da crise política a partir da segunda quinzena de maio pode ter impactado, através dos investimentos e das exportações, a atividade econômica daquele mês, reduzindo o ímpeto registrado na abertura do segundo trimestre (alta de 0,2% em abril/17).

Pelo lado da oferta agregada, houve retração de 3,1% da atividade do setor agropecuário no mês de maio/17 em comparação com abril/17. Por outro lado, registraram-se avanços de 0,6% na atividade industrial e de 0,3% na atividade do setor de serviços, também na comparação mensal (maio/17 vs. abril/17). Pelo lado da demanda agregada, o mês de maio/17 contemplou recuou em todos os seus componentes: consumo das famílias (-0,2%); consumo do governo (-0,4%); investimentos (-2,1%); exportações (-4,5%) e importações (-6,1%).

No acumulado dos primeiros cinco meses de 2017, a atividade agropecuária acumula taxa de crescimento bastante expressiva: 15,0% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a indústria e o setor de serviços ainda apresentam quedas de 1,0% e de 1,2%, respectivamente. Ainda em relação ao acumulado dos primeiros cinco meses de 2017, praticamente todos os componentes da demanda agregada recuaram: consumo das famílias (-1,4%), consumo do governo (-1,9%), investimentos (-4,4%), exportações (-0,4%) e as importações, que entram com sinal negativo no PIB, cresceram 5,9%.

Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.

As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.

Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.
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