Os estragos causados pelas hipotecas americanas entrarão numa nova fase nos balanços dos próximos trimestres, alcançando também o resultado das companhias não financeiras. As perdas causadas por esses títulos migrarão dos bancos às empresas tradicionais. |
Com a visão privilegiada de quem atende a boa parte das 500 maiores companhias americanas, os presidentes globais da PricewaterhouseCoopers e da Deloitte já sabem que os números por vir não serão muito animadores. |
As empresas sofrerão com ajustes de seus fundos de pensão e mesmo dos instrumentos financeiros nos quais o caixa dos negócios está aplicado. "O subprime está em todo lugar", disse James H. Quigley, presidente global da Deloitte, que acredita que as perdas serão bilionárias. |
Para Sam DiPiazza Jr., chefe global da PwC, não haverá grandes baixas contábeis. No entanto, houve uma deterioração importante de vários ativos financeiros, não só relacionado à crise do subprime, o que vai refletir-se também no setor industrial. "Mas nada parecido com que está acontecendo com os bancos", acrescentou o executivo. |