27 de Abril de 2007 - 17h:09

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Blairo Maggi se dispõe a liderar mudanças na área ambiental

Por: Secom-MT

A disposição de intensificar as parcerias entre o Governo de Mato Grosso e Organizações Não-governamentais na construção de um novo modelo de desenvolvimento que assegure a preservação ambiental e, ao mesmo tempo, permita ao estado aumentar seu potencial produtivo, gerar riquezas e melhorar as condições sociais da população, foi a principal mensagem do governador Blairo Maggi ao se reunir hoje (26), em Washington (EUA), com representantes de ONGs internacionais, bancos e entidades ligadas às questões ambientais.

A reunião foi promovida pela ONG The Nature Conservancy (TNC), presente no Brasil e que já mantém projetos em parceria com o Governo de Mato Grosso. Na ocasião, o governador reiterou sua intenção de se aproximar desta e de outras entidades e formar com elas parcerias que possam viabilizar economicamente os projetos que evitem desmatamentos.

“Tenho vontade de liderar as mudanças e os avanços do Estado em termos de preservação ambiental. Gostaria de ser um agente da transformação. Mas sou um só e sozinho não conseguirei fazê-lo”, afirmou. “Podem [as ONGs] contar comigo como instrumento de mudança, podem fazer experimentos e investimentos em meu Estado”.

Antes do encontro, o governador e comitiva se reuniram com a diretoria da The Nature Conservancy para discutir os próximos passos de uma parceria entre o Governo de Mato Grosso e a ONG para elaborar projetos que reduzam o desmatamento no Estado.

Roberto Troya, diretor de relações internacionais da TNC, afirmou durante a reunião que a visita do governador e seu encontro com as ONGs foram interpretados pela TNC como sinal de vontade política de fazer acontecer e que esse é o primeiro critério avaliado pela ONG para escolher seus parceiros.

“Estamos muito felizes pelo posicionamento do governo em trabalhar desta forma, associando produção e sustentabilidade, e estamos prontos para trabalhar juntos no sentido de implementar um sistema de metas, estratégias e cronograma de implementação de ações”, salientou Duncan Marshal, diretor da Parceria Carbono-Floresta, da TNC, também presente ao encontro.

O governador discorreu ainda sobre as características da Amazônia Legal, região protegida por legislação específica, e as principais questões relativas à proteção da floresta, bem como a necessidade de o Estado aumentar seu potencial produtivo e suas riquezas de maneira a melhorar a condição social de seus habitantes.

Maggi também apresentou os avanços que o Estado vem fazendo nesta direção, entre os quais o sistema de monitoramento por satélite de todas as propriedades rurais licenciadas e a recente assinatura dos protocolos com os setores de soja e álcool. O governador enfatizou a necessidade de encontrar recursos para que as iniciativas possam se multiplicar.

Segundo Maggi, o governo necessita de apoio e de recursos para concretizar os projetos e viabilizar as mudanças. “Precisamos juntos encontrar formas e modelos para remunerar os produtores que deixarão de desmatar áreas que tinham o direito de desmatar e o Estado também deve ser ressarcido pelo que deixará de ganhar". Estas foram as palavras do governador ao encerrar o evento, conclamando as ONGs presentes a se unirem a ele nestes esforços.

Maggi ainda respondeu a inúmeras perguntas elaboradas pelos representantes das ONGs presentes. Entre elas, ele enfatizou novamente seu desacordo com o projeto do senador Jonas Pinheiro de retirar Mato Grosso da Amazônia Legal, e defendeu que se discuta e regulamente o mais rapidamente possível a medida provisória 2.166, para que os produtores saibam realmente que limites devem respeitar.

Biocombustíveis

Sobre a produção de etanol, o governador disse que a “febre” ainda não chegou ao estado e nem acredita que chegará com muita intensidade, dada a distância dos portos.

Quanto a outros tipos de biocombustíveis, Blairo Maggi disse que a produção local para uso próprio está funcionando bem, com os agricultores utilizando a produção das safrinhas para produzir o biodiesel. O Estado não cobra impostos para este tipo de produção.

O deputado federal Homero Pereira e o deputado estadual Dilceu Dal Bosco também aproveitaram a oportunidade para mostrar o apoio do Legislativo às medidas do governo. O mesmo apoio foi demonstrado por lideranças do setor produtivo, representado pela Aprosoja, Famato e Fiemt.

O governador também estava acompanhado pelos secretários de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato, pelo presidente da Fiemt, Mauro Mendes, e pelo presidente da Aprosoja, Rui Prado.

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